quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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domingo, 12 de setembro de 2010

Projetos Ameaçam Unidades de Conservação

Projetos Ameaçam Unidades de Conservação
Autor(es): Bettina Barros - Valor Econômico - 06/09/2010

O Congresso Nacional recebeu nos últimos anos 11 projetos de lei com o objetivo de reduzir as unidades de conservação ambiental criadas pelo governo federal. Além deles, outros quatro textos que tramitam no Legislativo colocam em xeque o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), instituído em 2000 para ordenar as áreas protegidas. Localizadas na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, essas unidades têm como função preservar a biodiversidade e o patrimônio genético do país.

O levantamento, realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a pedido do *Valor*, aponta pressão econômica em áreas do Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. Se aprovados, os textos retirariam a proteção de milhares de hectares de florestas nativas. Na maioria dos casos, a disputa envolve agricultura e pecuária. Em outros, a mineração.

"As áreas de conservação estão constantemente sob algum tipo de pressão. Gasta-se muita energia com isso tudo", diz Rômulo Mello, presidente do ICMBio, órgão criado a partir de uma cisão do Ibama para cuidar das unidades federais.

A pressão em Brasília se dá em duas frentes: no redesenho dos limites geográficos e na alteração de status da unidade, transformando áreas de proteção integral em de uso sustentável, que preveem algum tipo de atividade econômica.

Entre os projetos, três são especialmente graves, diz Mello. Dois referem-se ao Parque Nacional da Serra da Canastra (MG) e o terceiro à Floresta Nacional do Jamanxim (PA). Na mesa, interesses econômicos e políticos gigantescos.

Criada em 2006 para tentar conter o desmatamento no eixo da BR-163, a rodovia que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), a floresta de Jamanxim corre o risco de perder quase 80% de seu território caso o projeto nº 1148, de autoria do deputado Zequinha Marinho (PSC-PA), passe pelos crivos do Legislativo. De uma área total de 1,3 milhão de hectares, a floresta pode ser reduzida a apenas 400 mil hectares.

Os interesses em jogo são do "grande capital", diz o ICMBio. O que, na Amazônia, significa gado, madeira e a ocupação desenfreada que costuma seguir essas atividades. Florestas nacionais, como Jamanxim, admitem a presença de populações tradicionais que habitavam a região antes da criação da unidade. De acordo com o ICMBio, há hoje pelo menos 300 áreas com pretensão fundiária dentro ou na área de influência de Jamanxim. O governo trabalha agora para mapear as pessoas e definir quantos, de fato, já existiam ou migraram à região com segundas intenções.

A pressão rural levou representantes parlamentares a apresentarem propostas similares para mais cinco unidades de conservação federais na Amazônia (ver mapa acima), pedindo a suspensão de decretos presidenciais. No Nordesde e no Sudeste, áreas de Mata Atlântica e Cerrado seriam reduzidas em outras seis unidades, segundo o levantamento feito pelo ICMBio.

O Parque Nacional da Serra da Canastra, porém, é o que mais causa polêmica. Não só pelo tamanho da área a ser suprimida, mas pela riqueza existente ali: além de abraçar afluentes do Rio Grande e São Francisco, a unidade de conservação tem também um estoque potencial de quartzito e diamantes.

Apresentados em 2007 pelo deputado federal Carlos Melles (DEM-MG), os projetos foram resgatados este ano e aprovados em julho na Câmara, seguindo para o Senado. O primeiro, nº 1448, reduz a Canastra em 47 mil hectares, para 150 mil. O segundo, nº 1517, torna a parte desanexada da categoria atual de proteção integral para Área de Proteção Ambiental (APA), passível de ocupação.

Melles defende que os seus projetos corrigem uma distorção fundiária histórica. Cerca de 130 mil hectares (66% da área) são ocupados por produtores que ainda não foram desapropriados. Por estar dentro de unidades de conservação, ainda que em terras privadas, os proprietários rurais tem uma série de limitações de uso da terra.

"Se acharmos que é razoável, fazemos estudos técnicos. Algumas demandas de modificação são possíveis de conciliar [com a preservação ambiental]. Mas na grande maioria das áreas protegidas não é viável mexer", afirma Mello. No caso de Canastra, o ICMBio já prepara um substitutivo aos projetos de lei propostos por Melles.

Boa parte dos problemas reside na desorganização do próprio Estado. Para críticos, as áreas de proteção ainda são escolhidas sem a participação ampla da população. Tampouco há fomento necessário para indenizar os afetados. O ICMBio estima que metade das unidades sob sua gestão estejam ocupadas por posseiros ou proprietários com título de posse - áreas depois decretadas de interesse do Estado. Para desapropriar e indenizar todos seriam necessários R$ 30 bilhões. Já seria montante considerável se o orçamento anual do ICMBio não fosse de R$ 300 milhões.

Segundo Maria Alice Dória, da Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados Associados, o SNUC (lei que rege sobre as unidades) provocou uma enxurrada de áreas protegidas no país, feitas por vezes de forma atropelada. "O objetivo é nobre. Nunca o Brasil teve tanto verde preservado. Mas ninguém sabe ao certo como executar da forma mais técnica uma unidade de conservação e há um passivo que está se arrastando", afirma.

Argumentos como esse contribuem para a discussão, no Congresso, de propostas que acendem a luz amarela entre ambientalistas. O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), por exemplo, apresentou em 2007 um texto que possibilita o uso das áreas particulares localizadas no interior das unidades enquanto não houver o pagamento de indenização. No ano seguinte, Ernandes Amorim (PTB-RO) defendeu que só poderão ser criadas unidades com previsão orçamentária para desapropriações. Para o ICMBio, isso inviabilizaria a criação de áreas protegidas no país.

Daisy Christiane Zambiazi
Consultora PNUD - ICMBio
São Luis - Maranhão
Fones:(98) 3268-2804
(98) 8831-3481
skype: daisy.zambiazi

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Sociedade, a Economia e a Floresta

Por Cristiano Cardoso Gomes*

5231A estabilidade econômica e as oportunidades comerciais têm ampliado o crescimento do Brasil, o PIB tem crescido a dígitos cada vez maiores. As projeções e cenários e que haja um crescimento da economia de 6,7% ao ano (IBGE 2010). Crescendo a esse ritmo em duas décadas dobraremos nosso PIB.

Por outro lado, a volutabilidade do país tem diminuído com a redução da divida externa, contudo, não se pode dizer que os acontecimentos econômicos externos não podem influenciar na nossa economia, haja vista que a exportação tem sido um dos canais de escoamento da produção.

O Programa Minha Casa Minha Vida, propõe financiar um milhão de casas, a indústria automotiva vendeu 3,14 milhões de carros em 2009 e espera um crescimento de 18,9% em 2010. A indústria da construção civil tem vivido um boom de crescimento, assim como muitos outros setores da economia, além de que, a descoberta das resevas de petróleo do pré-sal põe o Estado em condições de ampliar o investimento e facilitar o crescimento.

Diante desse maravilhoso quadro para o presente e o futuro, estão os consumidores, os que adquiriram sua sonhada casa, realizaram a desejada reforma, a aquisição ou troca de carro. Tudo proveniente de oferta e participação de nossas florestas.

Como a floresta pode contribuir com um carro ou uma casa? Vejamos: O carro ― fabricado em chapas de aço ― necessita de lenha para os altos fornos, e carvão para o ferro-gusa que dá boa liga ao associar-se com o minério; Já a casa, teve seus tijolos e telhas queimados com lenha. Parte dessa lenha e carvão utilizados, veio do plantio e/ou de florestas manejadas ou mesmos de desmatamento.

Enquanto nos saciamos e a popularidade presidencial amplia ― as nossas florestas agonizam ― agoniza por serem usurpadas para gerar energia, matéria e produtos para diferentes seguimentos de consumo e produção.

Não tenho nenhum interesse de propor a parada do crescimento em função de que as florestas estão agonizando, agonizam por causa de uma sociedade que não teve oportunidade de acessar os bens historicamente desejados. Quero apenas registrar que não há desenvolvimento sem floresta, e da forma como vai, corre o risco de ficar sem elas.

Por traz da necessidade de crescimento é importante planejar, estimular e criar políticas que ampliem a oferta de bens florestais para suprir as necessidades de crescimento, e que o uso de lenha e carvão, não seja caracterizado como tecnologias caducas e ultrapassadas, mas, como bens renováveis e sustentáveis.

O crescimento da economia permite investimentos na educação e na cultura, proporciona lazer e bem estar social, isto se bem aplicados. Crescer é importante, contudo, a sustentabilidade está ameaçada, não pelo esgotamento das florestas em um ciclo que dobre o PIB, mas, pelos danos ocasionados pelo mau uso da floresta.

Usar a floresta não é ruim, dependendo da forma que é explorada. Exploração sem manejo, sem planejamento, ultrajando a legislação e desrespeitando o conhecimento empírico, é ruim.

Por outro lado, o processo legislatório de uso das florestas impõe tantas normas, regras e complacentismo ambiental que é mais tranquilo usar sem respeitar, fugindo do olho doente dos organismos ambientais.

As florestas fazem parte de nossa vida, favorecendo a conservação das nascentes, protegendo as margens dos rios, aquecendo-nos com uso da lenha, servindo de energia para caldeiras e fornos em indústrias, nas cerâmicas de telhas e tijolos, na indústria de cosméticos, na fabricação de papel, como goma celulósica usada nos cremes dentais, na borracha usada em luvas, camisinhas, sapatos e pneus, além de servirem de pastagem para caprinos, ovinos e bovinos, e como pasto apícola. As florestas estão em nossas lembranças, desde o nascimento, com um bercinho, até na passagem desse mundo para outro.

Não deveríamos chorar por ver uma árvore tombar ao ser cortada, com isso estaremos renegando o seu uso em nossa vida. É uma hipocrisia ser contra o uso das florestas, não podemos viver sem uso dos serviços, bens, e dos produtos florestais que são tão importantes e presentes em nossa vida, e ao mesmo tempo distante de nossas cidades que chegamos a desconhecer o que usamos, e em dados momentos até condenamos o uso.

Usar é importante, contudo, é preciso conhecer, estudar e planejar esse uso. Atividade que se dá a partir do inventário florestal, uma atividade que consiste em medir, identificar, quantificar o volume, definir a estrutura e a fitossociologia (tipo e quantidade de plantas na estrutura florestal). Essas informações somada a dados da fauna, solo e clima, subsidiam a estruturar um plano de uso, denominado de plano de manejo florestal, um instrumento que considera o uso, de modo que ao concluir um ciclo, a floresta apresente o mesmo volume e estrutura.

Nosso Estado e sociedade precisam facilitar e financiar a atividade florestal de forma que possibilite o uso sustentável das florestas, desta forma, nosso crescimento dar-se-á sem maiores danos ambientais. Também é importante ampliar o conhecimento das espécies nativas, o seu comportamento, produção, efeitos associativos, necessidade nutricionais, edaficas, climáticas e dentre outros.

Um cultivo agrícola produz em geral de 3 a 6 meses, enquanto uma árvore pode levar de 4 a 30 anos para ser aproveitada. Quem vive para comer, tirando o pão a cada dia não tem como esperar, assim, o Estado tem importante papel no financiamento e custeio desse tipo de atividade de longo prazo.

A sociedade pode e deve buscar produtos oriundos de florestas manejadas e/ou plantadas, quebrando o paradigma de ver uma árvore no chão, fazer um estardalhaço e chorar, o choro só faz sentido ser for fruto de desmatamento, caso seja proveniente de floresta manejada ou cultivada não há por que, pois, as florestas compõem nosso desenvolvimento. Da mesma forma que uma manga é colhida, uma árvore pode e deve ser colhida e aproveitada seja sua madeira ou produtos, do contrário nosso crescimento para. Assim, os ministérios que cuidam de investimentos devem também estimular a atividade florestal ― do contrário ― as obras e as ações esbarrarão na falta de produtos florestais sustentáveis. Apesar de que na atualidade as diferentes cadeias produtivas não têm produtos sustentáveis em suficiência, estando às mesmas em desequilíbrio.

O uso devido gera emprego, renda, riqueza e distribui muito mais do que as empresas petrolíferas, sobretudo quando se maneja florestas, sem contar que as mesmas podem ser uma fonte inesgotável de produtos e possibilitam maior fixação de carbono a depender das práticas de manejo adotadas.

*É Engenheiro Florestal e Licenciado em Ciências Agrícolas pela UFRPE e pós-graduando em Gestão de Projetos pela Faculdade Estácio de Sá, atua como consultor para ONGs, organismos internacionais e órgãos governamentais.

Contato:biomacaatinga@gmail.com

terça-feira, 7 de setembro de 2010

ELEIÇÕES - 2010: Uma Breve Reflexão Sobre os Referenciais Amostrais Estatísticos Utilizados Pelos Órgãos de Pesquisa

As pesquisas realizadas pelo IBOPE/TV Globo e pelo Vox Populi/Band/iG divulgadas hoje, 07 de Setembro de 2010, indicaram os seguintes resultados:

A) IBOBE/TV Globo (realizada entre os dias 31 de agosto e 2 de Setembro, levantamento foi realizado por encomenda da TV Globo e do Jornal "O Estado de S. Paulo" e ouviu 3.010 pessoas em 204 municípios brasileiros no período): a candidata do PT, Dilma Rousseff, possui 51% das intenções de voto, seguida pelo candidato do PSDB, José Serra, que aparece com 27% da preferência dos eleitores. Marina Silva, do PV, aparece com 8% das intenções de voto dos brasileiros na pesquisa;
B) Vox Populi / Band / iG (realizada diariamente pelo iG, ouve novos 500 eleitores a cada dia, com amostra totalmente renovada a cada quatro dias, quando são totalizados 2.000 entrevistados): Dilma Rousseff obteve 56% e o tucano José Serra 21% das intenções de voto. A candidata Marina Silva (PV), terceira colocada, manteve-se com 8% das intenções de voto. Brancos e nulos são 4%, indecisos somam 10%, mesmo índice do levantamento do dia anterior, e os outros candidatos têm 1%.
Gostaria de abordar neste momento, no blog, algo que não é de hoje que é debatido no Brasil: o referencial amostral das pesquisas!
Estatisticamente falando, de acordo com objeto a ser pesquisado e às diferentes formas de abordagem, sistemas e processos amostrais a serem utilizados, recomendam-se diferentes percentuais de amostragem a serem usados para que uma amostra possa ser realmente considerada confiável no aspecto de representatividade do universo!
Mas, a realidade é que vemos institutos de pesquisas publicando resultados de pesquisas que são realizadas com (pasmem) 0,00000...de representatividade da população brasileira votante e, sem revelar ao público os parâmetros técnicos (sistemas e processo de amostragem, etc) e as fundamentações científicas usadas!
A realidade ainda se agrava quando ficamos sabendo que, conforme Altamiro Borges relata em seu livro (A Ditadura da Mídia - Ed. Anita Garibaldi), a mídia mundial é dominada por apenas 40 grupos e no Brasil apenas nove famílias dominam 80% dos meios de comunicação!
Acrescentemos a esta realidade o fato de que, conforme relatos do Observatório da Imprensa e da Transparência Brasil “o Senado é a Casa Legislativa brasileira com o maior número proporcional de detentores de concessões de rádio e TV – no total são 23 Senadores, ou 28,4% do total da casa” e, “a maior concentração acontece entre os representantes do Nordeste, dos quais 14 detêm concessões de radiodifusão, correspondendo a 51,9% dos Senadores nordestinos e a 17,2% do total de Senadores do País”!
Estes dados nos revelam que não a toa que governantes socorram empresas de mídia que estão em processo de falência e que os regimes políticos que existiram e existem no mundo (desde os totalitários aos democratas), do seu jeito, procuraram e procuram até hoje, de forma direta ou indireta, em maior ou menor grau, influenciar e controlar as diferentes formas de mídia!
Também não é a toa que os(as) candidatos(as) de partidos políticos menores, de forma justa, reclamem acerca da falta de democracia no que diz respeito ao tempo de exposição na mídia que eles possuem o qual é insignificante quando comparado ao tempo dos grandes partidos políticos!
É importante ressaltar, que também não é de hoje que se sabe dos efeitos dos erros (propositais ou não) e das manipulações das pesquisas de intenções de voto, assim como os seus resultados podem não refletir a realidade e, o mais grave, como podem até servir de manipulação num País como o Brasil cuja população, infelizmente, ainda não mudou o hábito cultural eleitoral de “não votar em quem não tem chance de ganhar para não perder o voto”! Só para citar um fato passado das manipulações e erros dos institutos de pesquisa, quem não se lembra que, em Recife, quando o Ex-Prefeito João Paulo ganhou pela primeira vez para Prefeito, as pesquisas divulgadas pela mídia apontavam Roberto Magalhães como eleito no primeiro turno e com ampla maioria dos votos?
Mas, alguém pode argumentar: sairia muito caro fazer pesquisa como recomenda o “figurino estatisticamente correto”... Porém, respondemos que não, pois os custos estão relacionados com uma boa estratégia de logística, que o diga a experiência do IBGE em relação aos Censos!
Vale ainda salientar que, num País que gasta tanto a fundo perdido com o processo eleitoral e cujos partidos políticos gastam quantias absurdas e astronômicas com propagandas e marqueteiros, com certeza, não sairia caro fazer pesquisa eleitoral eticamente correta, até porque é o dinheiro do(a) cidadão(a) brasileiro(a) que custeia toda esta farra e, assim, já que pagamos as contas, merecemos pelo menos o respeito de não sermos manipulados por interesses sejam eles quais forem, não é mesmo? Logo, se vivemos num regime dito democrático e, se sou eu quem pago as contas, gostaria de ter o direito de ouvir a todos(as) os(as) candidatos(as) e suas propostas de forma igual, algo que só é possível se todos(as) tiverem direito ao mesmo tempo de exposição na mídia, para que assim, então, eu não sofra a violência institucionalizada de tentativa de violação e manipulação de minha consciência crítica seja por quem quer que seja!
Finalizando, não seria, assim, bom, que a sociedade e os poderes constituídos tomassem a iniciativa em corrigir as falhas que apresentamos nestas breves considerações realizadas, falhas estas as quais há tanto tempo a sociedade brasileira reclama? Como um dos exemplos, que tal o IBGE passar a ser o responsável por estas pesquisas ou, então, que tal os institutos de pesquisa ter a obrigação de publicar de forma detalhada as fundamentações e os procedimentos científicos que atestem a seriedade e validade de suas pesquisas?
Aliás, apenas ainda lembrando, não seria bom também, já que vivemos sob o “Regime do Contrato Social”, que os(as) candidatos(as) fossem obrigados a registrarem seus planos de governo com suas propostas em Cartório e, caso não cumprissem suas promessas (parcialmente ou totalmente) sofressem sanções e fossem penalizados com medidas diversas inclusive com a perda do mandato?
Eu não tenho a menor dúvida que estas são algumas das importantes ações que em conjunto com o voto distrital e outras medidas, enquanto não acontecerem, jamais o Brasil avançará para ser, de fato, um País verdadeiramente cada vez mais democrático, como também não tenho dúvida alguma que se tais medidas já existissem os resultados das pesquisas e das eleições poderiam ser bem diferentes!
Também não tenho dúvidas de que os regimes políticos no mundo, sejam eles quais forem, dependendo das atitudes dos(as) cidadãos(as), podem ou não ser como fábulas de faz de conta com diferentes atores e atrizes visíveis e invisíveis, cabendo a nós nos conscientizarmos, pressionarmos e fazermos a nossa parte seja pelo voto consciente, etc, para que, assim, modificações reais e benéficas sejam alcançadas em prol da coletividade humana em todas as dimensões existenciais e, assim, também deixemos de ser crianças seduzidas por contadores(as) e promotores(as) de mundos de faz de conta, ou seja, de fábulas socioeconômicas-políticas...!


Carmem, 07/09/2010.
Socióloga, Eng. Florestal, Msc. em Ciências Florestais com ênfase em Manejo Florestal
Extensionista do Instituto Agronômico de PE (IPA)
Presidente da Associação Nordestina de Eng. Florestais (ANEF)
Membro da Diretoria Executiva do Sindicato de Sociólogos de PE (SINSPE)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

CNBB Divulga Notas Sobre Código Florestal e Ficha Limpa

Quinta-feira, 19 de agosto de 2010, 15h31
Agência Brasil


O Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB (Consep) divulgou duas notas ao final de sua reunião, nesta quinta-feira, 19. Uma das notas manifesta a posição da Conferência dos Bispos acerca das reformas do Código Florestal, aprovadas em julho pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Na segunda nota, os bispos pedem a plena aplicação da lei 135/2010, conhecida como Ficha Limpa.

Leia as notas na íntegra.: Ficha Limpa

.: Código Florestal

“As alterações propostas [no novo Código Florestal], se aprovadas em definitivo, estarão em descordo com o compromisso de redução de gás carbônico, assumido pelo governo brasileiro em Copenhague, em dezembro de 2009, e transformado na lei nº 12. 187/ 09 (Política Nacional de Mudanças Climáticas)”, afirma a nota da CNBB.

Em relação à lei Ficha Limpa, os bispos dizem que esperam empenho do Poder Judiciário na sua aplicação para as eleições deste ano.

Esperamos das instâncias do Poder Judiciário que têm a missão institucional de arbitrar as controvérsias em torno da aplicação da lei, marcadamente do Tribunal Superior Eleitoral e Supremo Tribunal Federal, o mesmo empenho efetivo que houve no Congresso Nacional na aprovação da iniciativa popular”, diz a nota.

As duas notas serão apresentadas aos jornalistas numa coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, às 14:30h, na sala de imprensa da CNBB. Participarão da coletiva o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, e o secretário Geral, Dom Dimas Lara Barbosa.

Manejo Florestal Pode Render Mais que Pecuária e Cultivo de Grãos, Diz Estudo

Técnica permite explorar a mata e deixar que ela se recupere.
Levantamento foi feito na Ilha de Marajó.
Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em São Paulo

Levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) para o Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (IDEFLOR) aponta que, quando respeitadas as leis ambientais e trabalhistas, o manejo florestal é mais lucrativo que a pecuária extensiva e o cultivo de grãos na Amazônia.
De acordo com o professor Antônio Cordeiro, que coordenou o estudo, cada hectare (10 mil metros quadrados) de floresta amazônica pode render R$ 22,05 com manejo florestal por ano, em comparação com R$ 6,00 da pecuária e R$ 14,00 das lavouras de grãos. “A idéia é que as entidades financiadoras que não conhecem essa rentabilidade, disponibilizem linhas de crédito para a exploração florestal”, explica.
O manejo florestal consiste na exploração planejada e controlada da mata, de forma a permitir que se recupere, reduzindo o impacto ambiental. O estudo foi feito para orientar os processos de concessão de manejo em florestas públicas estaduais no Pará. O mercado local de madeira em tora foi usado como referência para estabelecer o preço da floresta em pé a ser manejada. O valor médio da madeira em pé foi estimado em R$ 27,20 por metro cúbico.
Cordeiro destaca que a pesquisa foi feita na região da Ilha do Marajó, nos municípios de Bagre, Chaves, Afuá, Portel e Juruti, que proporcionalmente tem menos madeiras nobres que outras partes do Pará, e que, ainda assim, o manejo se mostrou rentável. “Ali há alto índice de madeira branca, que tem menor valor e é muito usada para laminado e compensado”, explica.
A comparação com a agricultura e a pecuária foi feita considerando os custos de cumprir as leis ambientais e pagar os trabalhadores corretamente, o que muitas vezes não ocorre nessas atividades no Pará. Os casos de trabalho análogo ao escravo ou com remuneração abaixo da mínima, por exemplo, são comuns em algumas fazendas de gado. Sem cumprir a legislação, explica Cordeiro, a pecuária é mais rentável que o manejo, mas não é sustentável ambientalmente.

http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1615260-16052,00-MANEJO+FLORESTAL+PODE+RENDER+MAIS+QUE+PECUARIA+E+CULTIVO+DE+GRAOS+DIZ+ESTUD.html

sábado, 4 de setembro de 2010

Uma Nova Forma de Dar Aula e de Aprender

Aos Colegas Professores(as) e Alunos(as), Assim Como Eu Sou (Professora e Eterna Aprendiz):

Alguém já assistiu ao Programa da TV Educativa "Tô Sabendo" que ocorre todos os Sábados a patir das 17:30 horas?
Quem dera que todas as aulas do jardim de infância às faculdades e universidades em todas as áreas do conhecimento (secular, religiosa, etc) fossem como a do "Tô Sabendo"...