As trajédias que as chuvas têm causado no Brasil e no mundo nos mostram características comuns que precisamos refletir e considerar quando se fala em alterações do Código Florestal Brasileiro:
- Como alguns colegas eng. florestais já têm comentado em redes profissionais e conforme também podemos observar nas imagens da mídia, fica evidente que as áreas afetadas no Brasil com desmoronamentos (Mata Sul de Pernambuco e as demais localidades das Regiões Sul e Sudeste) são áreas que apresentam simultaneamente ou não os seguintes problemas: áreas com declividade acentuada, solos rasos, rios e córregos sem APP e alterados, leitos de corregos e rios, canais rasos, rocha rasa, topo de morro desmatado em sua maior parte, presença de urbanização sem planejamento público (ou quando tem é só no papel), APP's desmatadas e transformadas em cidades e bairros, e, ausência de fiscalização e de áreas de refugio para o escoamento das águas (áreas mais baixas) sendo estas áreas habitadas não deixando assim local para escoamento da pluviosidade;
* Então, pergunto: será que as propostas de alterações do Código Florestal e os setores que defendem as alterações deste Código estão conscientes e levando em consideração a importância das reservas legais e das APP's como elementos essenciais para que estas catástrofes sócioeconômicas-ambientais não ocorram?
- Pelo que vejo, haja vista o que a Excelentíssima Senhora Senadora Kátia Abreu andou falando na recente COP-16 e o que a bancada do agronegócio anda defedendo como propostas de alterações do Código Florestal, percebo que as propostas de alterações realmente não consideram a complexidade e necessidade da preservação e conservação ambiental e as consequências das alterações propostas para o Código Florestal...