sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

AS TRAGÉDIAS DAS CHUVAS NO BRASIL E AS ALTERAÇÕES PROPOSTAS PARA O CÓDIGO FLORESTAL

As trajédias que as chuvas têm causado no Brasil e no mundo nos mostram características comuns que precisamos refletir e considerar quando se fala em alterações do Código Florestal Brasileiro:
- Como alguns colegas eng. florestais já têm comentado em redes profissionais e conforme também podemos observar nas imagens da mídia, fica evidente que as áreas afetadas no Brasil com desmoronamentos (Mata Sul de Pernambuco e as demais localidades das Regiões Sul e Sudeste) são áreas que apresentam simultaneamente ou não os seguintes problemas: áreas com declividade acentuada, solos rasos, rios e córregos sem APP e alterados, leitos de corregos e rios, canais rasos, rocha rasa, topo de morro desmatado em sua maior parte, presença de urbanização sem planejamento público (ou quando tem é só no papel), APP's desmatadas e transformadas em cidades e bairros, e, ausência de fiscalização e de áreas de refugio para o escoamento das águas (áreas mais baixas) sendo estas áreas habitadas não deixando assim local para escoamento da pluviosidade;
* Então, pergunto: será que as propostas de alterações do Código Florestal e os setores que defendem as alterações deste Código estão conscientes e levando em consideração a importância das reservas legais e das APP's como elementos essenciais para que estas catástrofes sócioeconômicas-ambientais não ocorram?
- Pelo que vejo, haja vista o que a Excelentíssima Senhora Senadora Kátia Abreu andou falando na recente COP-16 e o que a bancada do agronegócio anda defedendo como propostas de alterações do Código Florestal, percebo que as propostas de alterações realmente não consideram a complexidade e necessidade da preservação e conservação ambiental e as consequências das alterações propostas para o Código Florestal...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

NOVO MINISTRO DA AGRICULTURA PRETENDE RETIRAR O SETOR FLORESTAL DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E LEVAR PARA A PASTA DA AGRICULTURA

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, quer levar para sua pasta as decisões sobre setor de florestas plantadas, que hoje competem ao Ministério do Meio Ambiente. Segundo o jornal Valor Econômico, Rossi ainda não levou a questão à presidenta Dilma Rousseff.

A disputa pelas florestas plantadas se explica pelo volume de investimentos, nacionais e estrangeiros, mais de R$ 14 bilhões para plantio de florestas e aquisição de terras até 2014.

Pesam, também, as discussões ambientais, sobretudo as questões vinculadas à reforma do Código Florestal Brasileiro. O ministro argumenta que a transferência de ministério “reduziria as amarras burocráticas e daria mais visibilidade ao setor”.

O ministro tem o apoio da Associação Brasileira das Empresas Florestais (Abraf), que inclui Votorantim, Gerdau, Veracel, Ripasa, Suzano, Duratex, Acesita, Stora Enso e Klabin, etc. Hoje, segundo a Abraf, são necessárias 32 licenças e registros diferentes do plantio ao corte das árvores.

O setor diz que o Meio Ambiente tem excessivo enfoque na preservação da Amazônia. “Mais vibração e menos cobranças do governo”, é o que reclama o diretor-executivo da Abraf, César Augusto dos Reis.

Fonte: Painel Florestal