sábado, 22 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
FLORESTA ESTACIONAL SEMPRE-VERDE: A MAIS NOVA TIPOLOGIA FLORESTAL BRASILEIRA
A partir de agora, um novo tipo
de vegetação passará a constar oficialmente em mapeamentos florestais do país.
A Floresta Estacional Sempre-Verde, que existe apenas no estado de Mato Grosso,
já havia sido identificada há alguns anos, mas só agora passou a constar
oficialmente no Sistema de Classificação da Vegetação Brasileira. A descrição
do novo tipo de vegetação aparece na segunda edição do Manual Técnico da
Vegetação Brasileira, lançada ontem (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
O livro, elaborado por
engenheiros florestais, agrônomos, biólogos, geógrafos e geólogos, traz
metodologias para a realização de estudos, mapeamentos e pesquisas da vegetação
no país. Também chamada de Floresta Estacional Perenifólia, a vegetação se
caracteriza pela manutenção de uma coloração muito verde, mesmo em períodos de
estiagens.
A floresta se estende por toda a
região da Bacia Sedimentar dos Parecis e parte das depressões do Guaporé,
Paraguai, Araguaia e Planalto do Tapirapuã. Segundo o IBGE, a vegetação ocorre
em áreas de clima tropical que tem duas estações bem distintas: uma chuvosa e uma
seca (que varia entre quatro e seis meses).
Três subtipos da vegetação foram
identificados: as variações aluvial, de terras baixas e de submontanha. Na
floresta aluvial, que pode ser encontrada nas calhas dos rios Culuene, Teles
Pires, Verde, Arinos, Sangue, Juruena, Juína, Jauru e Guaporé, as árvores têm,
em média 25 metros de altura.
A floresta das terras baixas pode
ser encontrada nos terrenos sedimentares das depressões dos rios Paraguai,
Guaporé e Araguaia, em altitudes em torno de 200 metros. Nesse subtipo de
floresta, as árvores têm, em média, de 35 a 40 metros de altura.
Já a floresta de submontanha, que
tem árvores medindo acima de 30 metros, ocorre nos terrenos sedimentares do
Planalto dos Parecis, especialmente na região do Alto Xingu, em altitudes que
variam de 300 a 450 metros.
A Floresta Estacional
Sempre-Verde se junta a outros tipos de vegetação que ocorrem no Brasil, como
as florestas ombrófilas (típicas da Amazônia e da Mata Atlântica), as savanas e
a Caatinga.
Com a segunda edição do Manual
Técnico da Vegetação Brasileira – obra de referência para estudo, mapeamento e
pesquisa da vegetação no Brasil –, o IBGE torna públicas as metodologias que
utiliza nesse tipo de investigação e amplia o conhecimento na área. A
publicação incorpora os mais recentes avanços na pesquisa sobre a cobertura
vegetal no país: novos conceitos e informações, fundamentais para a elaboração
de políticas de manejo e conservação da biodiversidade brasileira, inclusive de
criação de mais unidades de conservação.
O Manual, desenvolvido por
engenheiros florestais, engenheiros agrônomos, biólogos, naturalistas,
geógrafos e geólogos, representa a fusão de duas publicações anteriores do IBGE
– a Classificação da Vegetação Brasileira, Adaptada a um Sistema Universal
(1991) e o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (1ª. edição, 1992). A nova
edição, ilustrada com 55 figuras, 4 quadros e 110 fotografias, está dividida em
quatro capítulos: sistema fitogeográfico; inventário em formações florestais e
campestres; técnicas e manejo de coleções botânicas; e procedimentos para
mapeamento.
O conjunto dessas informações
está disponível (em pdf) no portal do IBGE na internet e no CD-ROM que
acompanha a publicação, acessível através do link.
O primeiro capítulo do Manual
contém o histórico e a evolução das classificações da vegetação, conceituações,
terminologias, sistemas primários e secundários e a legenda do sistema
fitogeográfico adotada pela equipe de vegetação do IBGE.
Em razão das mudanças de
conceitos e dos conhecimentos acumulados nos últimos 20-25 anos, o capítulo
passou a conter um novo tipo de vegetação: a Floresta Estacional Sempre Verde;
uma nova tipologia na Campinarana (vegetação típica da região do Alto Rio
Negro, na Amazônia): a Campinarana Arbustiva; inclusão, na Savana-Estépica
(Caatinga, terminologia mais tradicional e regionalista da vegetação
característica do Nordeste), da presença ou não de palmeiras; mais um contato
entre tipos de vegetação; novos tipos de Áreas Antrópicas; e uma nova unidade
de mapeamento, as Áreas sem Cobertura Vegetal.
No segundo capítulo são descritos
os tipos de inventário, as técnicas de amostragem, as etapas de um inventário
florestal e a metodologia para levantamento do potencial lenhoso/arbóreo de
formações campestres. Essencial para a quantificação dos estoques de carbono na
vegetação, esse levantamento é importante para avaliação dos impactos do
desmatamento na emissão de gases de efeito estufa e para a valoração de
florestas, no caso de concessões para exploração de madeira.
O capítulo que trata das técnicas
e manejo de coleções botânicas descreve a coleta, herborização, etiquetagem,
processamento e manutenção de amostras vegetais em herbário. Num país com o
tamanho e a diversidade biológica do Brasil, a criação e a manutenção de
herbários são fundamentais para o registro e o estudo da vegetação.
No último capítulo são descritos
os procedimentos para mapeamento, desde a interpretação das imagens até a
elaboração do produto final. O mapeamento, e sua permanente atualização, são
importantes para o manejo e a preservação da biodiversidade, bem como para a
quantificação dos estoques de recursos naturais do país.
Com uma abordagem mais abrangente
que a edição anterior, principalmente no capítulo sistema fitogeográfico, o
novo Manual objetiva dar, aos técnicos e usuários, uma visão histórica e
evolutiva dos estudos de vegetação no Brasil. Visa também a contribuir para a
uniformização dos critérios e da terminologia adotados na classificação. As
técnicas apresentadas ampliam o conhecimento da vegetação brasileira,
subsidiando seu manejo, a preservação da biodiversidade, a valoração e a
quantificação dos estoques de recursos naturais e a avaliação dos impactos que
sua destruição pode causar.
O novo Manual Técnico de
Vegetação Brasileira também pode ser adquirido nas livrarias do IBGE e na loja
virtual do portal do IBGE (http://loja.ibge.gov.br/).
Fonte: IBGE
/ ECODEBATE
domingo, 9 de dezembro de 2012
A SOCIEDADE ESTÁ PERGUNTANDO: ONDE ESTÃO a UPE, UFPE, UFRPE, A UNIVASF e os CEFET's (IFPE's) DE PERNAMBUCO?
Do JC Online
Um projeto de extensão bem-sucedido da Universidade de São Paulo (USP) está trazendo esta semana a Afogados da Ingazeira, cidade polo do Sertão pernambucano, um grupo de 200 estudantes e professores para um mutirão de saúde, agroecologia, educação, comunicação e economia rural. Bandeira Científica nasceu na década de 50, foi extinto na época da ditadura militar e retornou há 13 anos às distantes e carentes cidades brasileiras para aproximar o conhecimento acadêmico da realidade regional.
O grupo chegou ao Recife neste fim de semana em dois aviões da Força Aérea Brasileira e seguiu à região do Alto Pajeú por estrada, em ônibus cedidos pela Prefeitura de Afogados da Ingazeira. Estão alojados em escolas da cidade e a partir de amanhã iniciam o atendimento no Centro e área rural. Terão a companhia de dois professores e 23 alunos da Universidade Federal de Pernambuco, das áreas de medicina, nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, que estudam no Recife, e nutrição do Centro Acadêmico de Vitória. Toda a vez que visitam um Estado, os meninos do Bandeira Científica procuram aproximar mais universitários para incentivá-los a seguir o exemplo, explica Marcelo Pellegrini, aluno da Escola de Comunicação da USP e assessor de imprensa do projeto.
O vice-diretor do câmpus da UFPE em Vitória, José Eduardo Garcia, coordenador da comitiva local, explica que o projeto possibilita a prática do ensinamento e uma vivência rica no potencial transformador da vida das pessoas. Cecília Santos, aluna de nutrição da UFPE, acredita que estará mais preparada para a profissão após o projeto.
“São muito bem-vindos. Estamos precisando desse apoio e seria ideal que a UFPE também fizesse o mesmo que a USP” , avalia a secretária-adjunta de Saúde de Afogados da Ingazeira, Sandra Regina Siqueira. Embora tenha rede de saúde que serve de referência a municípios vizinhos, a cidade não consegue atender as necessidades totais da população, que requer cuidados médicos especializados.
Além disso, Afogados da Ingazeira tem enfrentado epidemias de dengue e, com o recrudescimento da seca nos últimos dois anos, aumentou o adoecimento de crianças com diarreias e outras infecções. “També m temos constatado mais doenças crônicas, como câncer, o que demanda mais exames e diagnósticos”, afirma.
A expedição da USP trouxe ultra-som e outros aparelhos para ajudar na assistência à população. São cinco toneladas de bagagem, equipamento, remédio e outros materiais. Vai oferecer também óculos a quem tem problemas de visão e dentaduras aos desdentados. Para isso, conta com empresas parceiras, embora a grande parte do projeto de extensão seja financiada pela próp ria universidade estadual.
Afogados foi selecionada por apresentar características de desenvolvimento, funcionar como polo, e ao mesmo tempo, ter indicadores sociais insatisfatórios, como baixo Índice de Desenvolvimento Humano, explicam os organizadores do Bandeira Científica. Ter uma rede de assistência mínima que apoie a presença do projeto também é requisito na hora de escolher a população beneficiária.
Desde abril o projeto já vem tomando providências na área. Representantes viajaram ao Sertão pernambucano para negociar apoios com a prefeitura e outros entes. O Exército Brasileiro, por exemplo, garantirá água potável para a realização dos trabalhos.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, agentes comunitários já fizeram pré-triagem das pessoas que precisam de assistência médica. Mesmo assim, haverá espaço para demandas espontâneas. A equipe da USP fará inicialmente uma triagem de clínica geral. Daí, o paciente será encaminhado a especialidades como oftalmologia, pediatria, ginecologia e otorrinolaringologia, entre outras.
Haverá ainda atendimento de odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição e terapia ocupacional. Todos também farão atividades educativas com a população, para prevenir novos problemas. Além do envolvimento comunitário, papel da extensão universitária, o projeto possibilita a formação dos alunos e a pesquisa científica. Dará ao público e à cidade visitada outras oportunidades, como a de planejar o trabalho, o uso da terra e a economia local.
Estão no grupo estudantes de engenharias civil e ambiental, da Escola Politécnica da USP, que farão mapeamento do saneamento básico (esgoto, abastecimento de água e compostagem do lixo). Representantes da Escola Superior de Agricultura trabalharão o manejo da terra e a agricultura nas comunidades rurais.
Alunos de economia, administração e contabilidade vão desenvolver projetos de geração de renda, para fortalecer as organizações locais. A Escola de Comunicação e Artes estará presente não só para documentar a expedição por meio de fotos e vídeo, mas também usará a rádio comunitária para convocar o público e passar dicas de saúde e prevenção de doenças adquiridas por água e alimento contaminado.
O grupo chegou ao Recife neste fim de semana em dois aviões da Força Aérea Brasileira e seguiu à região do Alto Pajeú por estrada, em ônibus cedidos pela Prefeitura de Afogados da Ingazeira. Estão alojados em escolas da cidade e a partir de amanhã iniciam o atendimento no Centro e área rural. Terão a companhia de dois professores e 23 alunos da Universidade Federal de Pernambuco, das áreas de medicina, nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, que estudam no Recife, e nutrição do Centro Acadêmico de Vitória. Toda a vez que visitam um Estado, os meninos do Bandeira Científica procuram aproximar mais universitários para incentivá-los a seguir o exemplo, explica Marcelo Pellegrini, aluno da Escola de Comunicação da USP e assessor de imprensa do projeto.
O vice-diretor do câmpus da UFPE em Vitória, José Eduardo Garcia, coordenador da comitiva local, explica que o projeto possibilita a prática do ensinamento e uma vivência rica no potencial transformador da vida das pessoas. Cecília Santos, aluna de nutrição da UFPE, acredita que estará mais preparada para a profissão após o projeto.
“São muito bem-vindos. Estamos precisando desse apoio e seria ideal que a UFPE também fizesse o mesmo que a USP” , avalia a secretária-adjunta de Saúde de Afogados da Ingazeira, Sandra Regina Siqueira. Embora tenha rede de saúde que serve de referência a municípios vizinhos, a cidade não consegue atender as necessidades totais da população, que requer cuidados médicos especializados.
Além disso, Afogados da Ingazeira tem enfrentado epidemias de dengue e, com o recrudescimento da seca nos últimos dois anos, aumentou o adoecimento de crianças com diarreias e outras infecções. “També m temos constatado mais doenças crônicas, como câncer, o que demanda mais exames e diagnósticos”, afirma.
A expedição da USP trouxe ultra-som e outros aparelhos para ajudar na assistência à população. São cinco toneladas de bagagem, equipamento, remédio e outros materiais. Vai oferecer também óculos a quem tem problemas de visão e dentaduras aos desdentados. Para isso, conta com empresas parceiras, embora a grande parte do projeto de extensão seja financiada pela próp ria universidade estadual.
Afogados foi selecionada por apresentar características de desenvolvimento, funcionar como polo, e ao mesmo tempo, ter indicadores sociais insatisfatórios, como baixo Índice de Desenvolvimento Humano, explicam os organizadores do Bandeira Científica. Ter uma rede de assistência mínima que apoie a presença do projeto também é requisito na hora de escolher a população beneficiária.
Desde abril o projeto já vem tomando providências na área. Representantes viajaram ao Sertão pernambucano para negociar apoios com a prefeitura e outros entes. O Exército Brasileiro, por exemplo, garantirá água potável para a realização dos trabalhos.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, agentes comunitários já fizeram pré-triagem das pessoas que precisam de assistência médica. Mesmo assim, haverá espaço para demandas espontâneas. A equipe da USP fará inicialmente uma triagem de clínica geral. Daí, o paciente será encaminhado a especialidades como oftalmologia, pediatria, ginecologia e otorrinolaringologia, entre outras.
Haverá ainda atendimento de odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição e terapia ocupacional. Todos também farão atividades educativas com a população, para prevenir novos problemas. Além do envolvimento comunitário, papel da extensão universitária, o projeto possibilita a formação dos alunos e a pesquisa científica. Dará ao público e à cidade visitada outras oportunidades, como a de planejar o trabalho, o uso da terra e a economia local.
Estão no grupo estudantes de engenharias civil e ambiental, da Escola Politécnica da USP, que farão mapeamento do saneamento básico (esgoto, abastecimento de água e compostagem do lixo). Representantes da Escola Superior de Agricultura trabalharão o manejo da terra e a agricultura nas comunidades rurais.
Alunos de economia, administração e contabilidade vão desenvolver projetos de geração de renda, para fortalecer as organizações locais. A Escola de Comunicação e Artes estará presente não só para documentar a expedição por meio de fotos e vídeo, mas também usará a rádio comunitária para convocar o público e passar dicas de saúde e prevenção de doenças adquiridas por água e alimento contaminado.
FONTE: Blog do Jamildo
sábado, 8 de dezembro de 2012
BRASIL POSSUI SEGUNDA MAIOR ÁREA FLORESTAL DO PLANETA
por Nielmar de Oliveira, da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Brasil tem 516 milhões de hectares de florestas, o equivalente a 60,7% do território nacional, ficando atrás apenas da Rússia. A informação consta da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs), divulgada ontem (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse total de 516 milhões de hectares de florestas é composto por áreas destinadas a reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável, terras indígenas, áreas de proteção dos recursos hídricos e do solo, de conservação da biodiversidade em unidades de conservação federais e estaduais, de produção madeireira e não madeireira em florestas nacionais e estaduais e florestas plantadas, de proteção ambiental e áreas ocupadas com florestas.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) estima que 31% da superfície terrestre do planeta sejam ocupados por florestas habitadas por 300 milhões de pessoas. Delas dependem, de forma direta, 1,6 bilhão de seres humanos e 80% da biodiversidade terrestre.
Para promover ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de florestas, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011 o Ano Internacional das Florestas.
A iniciativa teve o objetivo de conscientizar a sociedade da importância das florestas, alertando que a sua exploração de forma inadequada acarreta, entre outras consequências, a perda da biodiversidade e o agravamento das mudanças climáticas.
No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente promoveu vários eventos, enfocando a conservação, o manejo e o desenvolvimento sustentável.
* Edição: Juliana Andrade.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
CONVÊNIO ENTRE GOVERNO DA PARAÍBA E FUNDO INTERNACIONAL GARANTEM 100 MILHÕES DE INVESTIMENTOS QUE INCLUEM O SETOR FLORESTAL PARA AS REGIÕES DO CARIRI E SERIDÓ
O governo da Paraíba vai investir
U$$ 49, 6 milhões (equivalente a mais de R$ 100 milhões) para o
desenvolvimento de projetos sustentáveis nas regiões do Cariri e Seridó. Nesta
quarta-feira (17), durante audiência no Ministério da Fazenda, em Brasília, o governador
Ricardo Coutinho e o representante do Fundo Internacional de Desenvolvimento
Agrícola (Fida) no Brasil, Hardi Vieira, assinaram convênio do ‘Procase’. O
projeto vai garantir ações de inclusão social e produtiva nas regiões do Cariri
e Seridó paraibanos.
O convênio firmado nesta
quarta-feira (17) vai beneficiar mais de 18 mil famílias em 55 municípios que
integram as regiões do Cariri e do Seridó. O financiamento do Fida será de US$
25 milhões com contrapartida do Estado e beneficiários no valor de U$$ 25 milhões
que irão totalizar em mais de R$ 100 milhões injetados na economia paraibana. A
assinatura do convênio foi acompanhada pela coordenadora de Operações
Financeiras da Procuradoria da Fazenda Nacional, Sônia Portela.
O governador Ricardo
Coutinho ressaltou a importância do ‘Procase’ para a inclusão das
diversas cadeias produtivas do Estado como a caprinocultura, a fruticultura, o
sisal e a pequena mineração. Ele adiantou que um dos projetos que devem ser
financiados é a instalação de uma fábrica de leite em pó de cabra, que irá
agregar valor ao produto, abrir mercados e atuar como uma grande âncora para a
região do Cariri.
Outro setor que vai ser
beneficiado, de acordo com Ricardo, será o da mineração na região do Seridó. O
governador acrescentou que “assim como já vem ocorrendo com o
‘Empreender’ e o ‘Cooperar’, vamos com o ‘Procase’ estimular os processos de
melhoria dos minerais, organizar as cooperativas e diminuir os acidentes de
trabalho. O Estado e os mineradores terão ganhos significativos”,
frisou.
O representante do Fida no
Brasil, Hardi Vieira, disse que esse é um momento oportuno para a instituição e
o governo da Paraíba que concretizam esse acordo de empréstimo para promoção de
ações concretas na região do Cariri e Seridó. “Vamos trabalhar conjuntamente em
dois eixos. Um na assistência técnica dos agricultores e outro na intervenção
nas cadeias produtivas, agregando valor e gerando renda para os pequenos
produtores”, explicou.
Hardi reconheceu o trabalho do
governador e da sua equipe nesta fase de finalização do acordo de cooperação
que vinha sendo discutido desde 2009. Ele explicou que o primeiro passo do
projeto será a capacitação dos produtores para prepará-los para realizar os
investimentos quando chegar a fase de financiamento do projeto. “Precisamos
capacitar os agricultores para que ele produza mais e melhor”,
disse.
A coordenadora de Operações
Financeiras da procuradoria da Fazenda Nacional, Sônia Portela, destacou que o
‘Procase’ tem uma forte repercussão social por beneficiar agricultores e
comunidades de baixa renda que necessitam de recursos e caminhos para sua
sustentabilidade e desenvolvimento. “A nossa expectativa é que nos próximos
anos essas comunidades vivenciem uma fase transformadora”, afirmou.
Sônia Portela parabenizou o
governo da Paraíba por cumprir todas as exigências legais e fiscais do projeto
que asseguram esse investimento de uma instituição de desenvolvimento
reconhecida mundialmente pelo seu trabalho nas regiões do
semiárido.
Lançamento do ‘Procase’ - Nas
próximas semanas será realizado um seminário com técnicos do Fida para
apresentação e lançamento do programa . Após essa etapa, o projeto iniciará o
processo de capacitação e financiamento das cooperativas e associações
nos 55 municípios paraibanos.
Segundo o secretário de
Desenvolvimento da Agricultura e Pesca do Estado, Marenilson Batista, a
população rural na área de abrangência do projeto é de 170 mil habitantes e
inclui cerca de 35 mil domicílios rurais. “É preciso frisar que o convênio só
está sendo firmado pelo fato do Estado estar hoje enquadrado na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF)”, disse Maranilson.
Os projetos a serem financiados
incluirão pequenos produtores de carne e leite de cabra, couros e peles de
caprinos, fruticultura, mineradores e artesãos. Outro componente importante do
projeto é o combate à desertificação com ações a serem desenvolvidas pela
Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Ciência e Tecnologia como o
reflorestamento, instalação de sistemas agroflorestais e educação
ambiental.
A audiência realizada no
Ministério da Fazenda contou com a presença dos secretários de Meio Ambiente,
Recursos Hídricos e Tecnologia, João Azevedo, de Desenvolvimento da
Agricultura, Marenilson Batista, de Comunicação Institucional, Tatiana
Domiciano, e do PAC na Paraíba, Ricardo Barbosa, além de técnicos do Ministério
da Fazenda.
Fonte: http://www.paraibamix.com/2012/10/convenio-entre-governo-da-paraiba-e.html
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
COMO SEMPRE, ATRÁS DE TODA CRISE ECONÔMICA EXISTE A MÃO DA CORRUPÇÃO SOCIAL, POLÍTICA, ADMINISTRATIVA, ECONÔMICA E FINANCEIRA...
BERLIM,
05 dez 2012 (AFP) - A corrupção continua fazendo estragos no mundo e prejudica,
em particular, os países mais atingidos pela crise na Eurozona, como Grécia e
Itália, cuja classificação na lista se deteriora, indica a Transparência
Internacional em seu relatório anual publicado nesta quarta-feira. Na América
Latina, os países mais virtuosos são Chile e Uruguai, que compartilham a 20ª
posição com uma nota de 70 pontos em 100, e o mais corrupto é a Venezuela, situado
na 165ª posição com 19 pontos, na frente apenas de Iraque, Uzbequistão, Somália
e Afeganistão. A Transparência Internacional constata que "a corrupção
continua fazendo estragos nas sociedades em todo o mundo" e aponta
expressamente para os países mais afetados da Eurozona pela crise econômica e
financeira, pelo nível "decepcionante" de corrupção, segundo o
comunicado. A Transparência Internacional analisa a corrupção em 174 países e
lhes concede uma nota que vai de 0 a 100, dependendo da percepção de corrupção.
Na Europa, neste ano, Itália e Grécia aparecem, respectivamente, nas posições
72 e 94 da lista, com 42 e 36 pontos, três e 14 posições a menos que no
relatório anterior da Transparência. O nível de percepção da corrupção na
Itália é similar ao da Tunísia (41 pontos), enquanto o da Grécia é igual ao da
Colômbia. Entre os países afetados pela crise da dívida, Irlanda (25ª), Espanha
(30ª) e Portugal (33ª) obtêm resultados superiores a 60. Menos afetados pela
crise, Alemanha e França estão classificados na 13ª e 22ª posição,
respectivamente, com notas superiores a 70. Dinamarca, Finlândia e Nova
Zelândia compartilham o primeiro lugar de países mais virtuosos, com resultados
de 90 pontos. Japão e Reino Unido aparecem na 17ª posição, na frente dos Estados
Unidos (19ª).Os resultados da maioria dos países da "primavera árabe"
são inferiores ou levemente superiores a 40. Afeganistão, Coreia do Norte e
Somália compartilham a última posição com notas de 8 pontos. A Rússia (133ª),
com uma nota de 28, continua sendo um dos países mais corruptos do mundo,
segundo a Transparência, mas voltou a melhorar sua posição, subindo 10 posições
desde o último relatório. Para realizar esta lista, que reflete apenas a
percepção da corrupção, a ONG se baseia em dados recolhidos por 13 instituições
internacionais, entre elas o Banco Mundial, os bancos asiático e africano de
desenvolvimento ou o Fórum Econômico Mundial.
Fonte: Terra Notícias.
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