Vejam o que
poderia ser construído ou adquirido com os R$ 7 bilhões que o poder público
brasileiro está colocando nos estádios da Copa
Submarinos
nucleares: O Brasil conta com o programa de construção
desde a década de 80 e ainda está empacado. Apesar de possuir a tecnologia não
possui verba, com R$ 3 bilhões de investimento o primeiro poderia já estar em
operação e o custo unitário dos demais despencaria vertiginosamente. O custo do
projeto Virgina dos EUA foi de U$ 4,3 bilhões para a construção do primeiro
submarino (que é muito maior e mais equipado que o projeto nacional) e o custo
para a construção dos 30 outros foi, no total, de U$ 3,2 Bilhões. O Brasil já
investiu o equivalente a R$ 2 bilhões no projeto, mas as indas e vindas e necessidades
de adequações tecnológicas devido a demora acabaram por degradar muito o
investimento.
Base de
Alcântara: Um dos melhores pontos do mundo para
lançamento de foguetes para posicionamento de satélites. Muito cobiçados pelos
EUA, que já ofereceu bilhões de dólares para operar o local. Há 10 anos a base
foi destruída em uma explosão e até hoje ainda não entrou em operação
novamente. Com R$ 600 milhões a base já estaria reconstruída e, com mais R$ 200
milhões, um foguete para lançamento de satélite em órbita abaixo do cinturão
geoestacionário (o Brasil ainda não possui tecnologia para lançamento de
foguetes com alcance do cinturão geoestacionário). A base vai receber, nos
próximos dois anos, investimentos da ordem de R$ 160 milhões para ficar quase concluída
e sabe-se lá quando vão construir um novo foguete. Tem um compromisso com a
Ucrânia para o lançamento do Cyclone-4 até 2014, mas o acordo pode ficar
comprometido porque o governo reluta em repassar os R$ 200 milhões necessários
para o projeto. O mais irônico é que o governo gasta quase U$ 1 bilhão por ano
com aluguel de satélites meteorológicos, de monitoramento e defesa, todos
operando abaixo do cinturão geoestacionário.
Renovação dos
caças da força aérea: Foi tudo por água abaixo. A
presidente cancelou a licitação anterior e pediu às fabricantes que enviassem
novas propostas, o que vai demandar muito mais tempo e tornará o processo muito
caro. Poderíamos já ter em operação 36 caças modernos ao custo total de R$ 9
bilhões. A não ser que continue a politicagem com a França (ao que parece deu
uma brecada), que nos queria enfiar caças goela a baixo pelo inexplicável dobro
do preço.
Operação Ágata: Monitoramento de fronteiras - o Brasil gastou 48 milhões em
compras de aviões não tripulados, que encontram-se fora de operação porque o
país ainda não pagou pelo treinamento e base operacional. Uma parte do projeto
deve ficar pronta para a Copa do Mundo (nas coxas, provavelmente), enquanto
outra parte segue sucateando na Amazônia.
Patrulhamento
de costa: O Brasil possui um porta-aviões francês da
década de 40, que aliás opera com um número de caças bem abaixo da capacidade,
e uma frota antiga e pouco eficiente de defesa da costa. Na queda do vôo da Air
France o Brasil teve que pedir socorro aos EUA, pois nossas embarcações não
conseguiam avançar na região da queda devido às fortes correntezas no local. O
policiamento marítimo é praticamente inexistente e a pesca predatória nas
costas, em especial de iscas para atuneiros, estão acabando com a pesca
artesanal e costeira. E nem adianta chamar o IBAMA ou a polícia ambiental, eles
provavelmente devem ter uma dúzia de fiscais por estado para averiguação, e com
sorte uma embarcação que funcione.
Os recursos
colocados nos estádios da Copa seriam suficientes para construir 123 hospitais
como o Evandro Freire, inaugurado pela Prefeitura do Rio de Janeiro em março
deste ano.
Os recursos
que estão sendo utilizados para construir os estádios da Copa seriam
suficientes para erguer 149 estações como a São Benedito, em Fortaleza.
Com o
dinheiro dos estádios da Copa, seria possível erguer nada menos que 2.857
creches, atendendo 712,5 mil crianças.
Com o
dinheiro dos estádios da Copa, daria para fazer 125 presídios com capacidade
para abrigar 608 detentos.
Seria
possível adquirir 641,7 mil viaturas de polícia com o dinheiro que está sendo
gasto nos estádios da Copa.
Seria
possível comprar 20,3 milhões de netbooks com o dinheiro consumido nos estádios
da Copa.
Dos cerca
de 1,6 milhão de quilômetros de rodovias existentes no país, apenas 200 mil são
asfaltados. Com os R$ 7 bilhões injetados nos estádios da Copa, seria possível
pavimentar mais 10,6 mil quilômetros.
Um
bilionário australiano tem planos de construir uma versão moderna do famigerado
transatlântico Titanic, que naufragou em 1912, a um custo estimado de R$ 1
bilhão, menos do que vai custar o Estádio
Nacional Mané Garrincha, de Brasília.
Com o
dinheiro dos estádios da Copa, daria para comprar quatro times completos do
Barcelona, o mais caro do mundo.
Fonte: http://cidadaniaatual.blogspot.com.br/