quinta-feira, 27 de junho de 2013

VEJA O QUE PODERIA SER FEITO NO BRASIL COM O DINHEIRO QUE O PAÍS GASTOU E ESTÁ GASTANDO COM AS ARENAS CONSTRUÍDAS PARA A COPA DAS CONFEDERAÇÕES E COPA DO MUNDO



Vejam o que poderia ser construído ou adquirido com os R$ 7 bilhões que o poder público brasileiro está colocando nos estádios da Copa
Submarinos nucleares: O Brasil conta com o programa de construção desde a década de 80 e ainda está empacado. Apesar de possuir a tecnologia não possui verba, com R$ 3 bilhões de investimento o primeiro poderia já estar em operação e o custo unitário dos demais despencaria vertiginosamente. O custo do projeto Virgina dos EUA foi de U$ 4,3 bilhões para a construção do primeiro submarino (que é muito maior e mais equipado que o projeto nacional) e o custo para a construção dos 30 outros foi, no total, de U$ 3,2 Bilhões. O Brasil já investiu o equivalente a R$ 2 bilhões no projeto, mas as indas e vindas e necessidades de adequações tecnológicas devido a demora acabaram por degradar muito o investimento.
Base de Alcântara: Um dos melhores pontos do mundo para lançamento de foguetes para posicionamento de satélites. Muito cobiçados pelos EUA, que já ofereceu bilhões de dólares para operar o local. Há 10 anos a base foi destruída em uma explosão e até hoje ainda não entrou em operação novamente. Com R$ 600 milhões a base já estaria reconstruída e, com mais R$ 200 milhões, um foguete para lançamento de satélite em órbita abaixo do cinturão geoestacionário (o Brasil ainda não possui tecnologia para lançamento de foguetes com alcance do cinturão geoestacionário). A base vai receber, nos próximos dois anos, investimentos da ordem de R$ 160 milhões para ficar quase concluída e sabe-se lá quando vão construir um novo foguete. Tem um compromisso com a Ucrânia para o lançamento do Cyclone-4 até 2014, mas o acordo pode ficar comprometido porque o governo reluta em repassar os R$ 200 milhões necessários para o projeto. O mais irônico é que o governo gasta quase U$ 1 bilhão por ano com aluguel de satélites meteorológicos, de monitoramento e defesa, todos operando abaixo do cinturão geoestacionário.
Renovação dos caças da força aérea: Foi tudo por água abaixo. A presidente cancelou a licitação anterior e pediu às fabricantes que enviassem novas propostas, o que vai demandar muito mais tempo e tornará o processo muito caro. Poderíamos já ter em operação 36 caças modernos ao custo total de R$ 9 bilhões. A não ser que continue a politicagem com a França (ao que parece deu uma brecada), que nos queria enfiar caças goela a baixo pelo inexplicável dobro do preço.
Operação Ágata: Monitoramento de fronteiras - o Brasil gastou 48 milhões em compras de aviões não tripulados, que encontram-se fora de operação porque o país ainda não pagou pelo treinamento e base operacional. Uma parte do projeto deve ficar pronta para a Copa do Mundo (nas coxas, provavelmente), enquanto outra parte segue sucateando na Amazônia.
Patrulhamento de costa: O Brasil possui um porta-aviões francês da década de 40, que aliás opera com um número de caças bem abaixo da capacidade, e uma frota antiga e pouco eficiente de defesa da costa. Na queda do vôo da Air France o Brasil teve que pedir socorro aos EUA, pois nossas embarcações não conseguiam avançar na região da queda devido às fortes correntezas no local. O policiamento marítimo é praticamente inexistente e a pesca predatória nas costas, em especial de iscas para atuneiros, estão acabando com a pesca artesanal e costeira. E nem adianta chamar o IBAMA ou a polícia ambiental, eles provavelmente devem ter uma dúzia de fiscais por estado para averiguação, e com sorte uma embarcação que funcione. 
Os recursos colocados nos estádios da Copa seriam suficientes para construir 123 hospitais como o Evandro Freire, inaugurado pela Prefeitura do Rio de Janeiro em março deste ano.
Os recursos que estão sendo utilizados para construir os estádios da Copa seriam suficientes para erguer 149 estações como a São Benedito, em Fortaleza.
Com o dinheiro dos estádios da Copa, seria possível erguer nada menos que 2.857 creches, atendendo 712,5 mil crianças.
Com o dinheiro dos estádios da Copa, daria para fazer 125 presídios com capacidade para abrigar 608 detentos.
Seria possível adquirir 641,7 mil viaturas de polícia com o dinheiro que está sendo gasto nos estádios da Copa.
Seria possível comprar 20,3 milhões de netbooks com o dinheiro consumido nos estádios da Copa.
Dos cerca de 1,6 milhão de quilômetros de rodovias existentes no país, apenas 200 mil são asfaltados. Com os R$ 7 bilhões injetados nos estádios da Copa, seria possível pavimentar mais 10,6 mil quilômetros.
Um bilionário australiano tem planos de construir uma versão moderna do famigerado transatlântico Titanic, que naufragou em 1912, a um custo estimado de R$ 1 bilhão, menos do que vai custar o Estádio Nacional Mané Garrincha, de Brasília.
Com o dinheiro dos estádios da Copa, daria para comprar quatro times completos do Barcelona, o mais caro do mundo.
Fonte: http://cidadaniaatual.blogspot.com.br/

terça-feira, 25 de junho de 2013

SERÁ QUE UMA NOVA CONSTITUINTE RESOLVE?



O Brasil já teve várias Constituintes e Constituições ! Se o Brasil quer ter uma Constituição séria e que não favoreça a grupos familiares que se perpetuam no poder desde o Brasil Colônia e que perpetuam também os vícios de uma administração pública patrimonialista deve:


- Fazer que todos que trabalham na elaboração das Reformas Constitucionais sejam automaticamente aposentados e não possam exercer mais cargo público algum depois de elaborada as reformas Constitucionais e sejam criados mecanismos e medidas que impeçam deles favorecerem seus descendentes; Ou


- Fazer que estas reformas Constitucionais tenham a contribuição de participação de outros Países de reputação séria (se é que ainda existe) e sejam monitoradas por eles com prestação de contas à nação brasileira, Países estes que estejam entre os melhores no ranking de justiça social, econômica, IDH, menores índices de corrupção, usos sustentado dos recursos naturais, etc...

Precisa ainda permitir que a sociedade civil possa participar deste processo sem que necessariamente as pessoas estejam vinculadas a algum partido político, sindicato, representação estudantil, etc! Criar portanto mecanismos para isto...


Além do mais algo é preocupante: se repete nas reivindicações destes protestos e nas propostas governamentais o mesmo que se repetiu na Constituinte que gerou nossa Carta Magna atual: grupos que protestam e apresentam apenas propostas isoladas, mas ninguém apresenta um projeto de nação para pelo menos 20 anos! Nem mesmo os  governantes e nem os  parlamentares! Eita povo de visão curta...  

terça-feira, 11 de junho de 2013

GOVERNO FEDERAL CRIA A ANATER (AGÊNCIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL)





A Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) deve contar com 130 funcionários e orçamento estimado para 2014 em R$ 1,3 bilhão, destinado principalmente à contratação de serviços. As áreas prioritárias serão a cadeia produtiva do leite, considerada um potencial pouco explorado, a produção na região do semiárido, com tecnologias de convivência com a seca, e a agricultura orgânica e de baixo carbono.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse que a Anater será um serviço social autônomo, de direito privado e sem fins lucrativos, a exemplo da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos e da Agência de Desenvolvimento Industrial. O Poder Executivo definirá as atividades por meio de contrato de gestão. A Anater poderá ter estatuto próprio de licitações, contratos e convênios. Deverá contratar prestadores de assistência técnica e de auditagem dos serviços.
A presidenta Dilma Rousseff disse que a nova agência dará braços e pernas às tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para aumentar a produtividade. “[A Anater] É um órgão de difusão de tecnologia, concentrado, sobretudo, nos pequenos e nos médios [produtores], porque nós mudamos o patamar. Com tecnologia, se produz, na mesma área, mais e melhor, diminui-se os custos da produção, se adapta e respeita o meio ambiente onde você está”.
O projeto de lei que criará a Anater foi assinado pela presidenta durante o anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014 e será encaminhado ao Congresso Nacional em regime de urgência. A presidenta Dilma ressaltou que a relação Embrapa-Anater terá mão dupla, na medida em que os prestadores de serviço de assistência técnica e extensão rural levarão os conhecimentos específicos até os produtores rurais, mas também retornarão com demandas destes agricultores à Embrapa.
Segundo o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, a empresa terá papel importante de trazer outros atores para o processo de assistência técnica, como institutos federais de pesquisa e empresas privadas, e desenvolver novos métodos de transferência tecnológica, além de capacitar profissionais multiplicadores de conhecimento.
“O Brasil tem um grande acervo de conhecimentos prontos para serem levados ao campo: automação, agricultura de precisão, agregar valor à sua produção para que os produtores alcancem mercados cada vez mais rentáveis”. De acordo com Lopes, a capacidade instalada da Embrapa permitirá a capacitação, entre agosto e dezembro, de 4.430 profissionais.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, disse que os agricultores familiares querem discutir com a Embrapa os conhecimentos que serão repassados pela Anater. “Para que não nos coloquem qualquer tecnologia, respeitando as diversidades regionais. Se a agência funcionar como foi dito, vamos dobrar a produção da agricultura familiar e incorporar produtores que não estão produzindo”, disse.
Fonte: Agência Brasil
 


Comentário: Parabéns a nossa Presidente Dilma por esta iniciativa e pelo formato e estrutura organizacional desta agência que terá à frente a EMBRAPA como gestora.

sábado, 8 de junho de 2013

400 ppm de CO2: RECORDE PLANETÁRIO NA ATMOSFERA!



Quais os principais desafios daqui pra frente em um mundo com a atmosfera saturada de gases estufa e emissões ainda crescentes?

Pela primeira vez, em 3 milhões de anos, observatórios internacionais registraram um volume recorde de gases estufa na atmosfera. A Terra registrou 400 partes por milhão de dióxido de carbono, um nível considerado limite pelos cientistas para evitar os piores cenários do clima. Segundo o painel intergovernamental de mudanças climáticas da ONU, acima de 400 ppm de

CO2 a temperatura média do planeta poderá subir entre 2 e 6 graus centígrados até o final deste século. Entre as muitas consequêcias previstas estão a aceleração do degelo, tempestades mais violentas, graves impactos sobre a biodiversidade e milhões de refugiados ambientais que terão que buscar um outro lugar pra viver.

O Cidades e Soluções vai discutir este marco em um programa especial, com os entrevistados Sérgio Besserman (economista da FGV, professor da PUC, assessor especial da Prefeitura do RJ e especialista em mudanças climáticas) e Roberto Schaeffer (Professor de Planejamento Energético da COPPE e membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU).
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um rascunho do documento com os 10 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.  O texto ainda é um esboço das metas que devem ser alcançadas a partir de 2015. A proposta foi desenhada por um grupo internacional de especialistas de diversas áreas e ficará aberta para consulta pública até o dia 22. Para vê-lo, acesse o site www.unsdsn.org/resources/draft-report-public-consultation.  As sugestões poderão ser incorporadas em um texto que será analisado pela Assembleia Geral da ONU, em setembro deste ano. A definição dessas metas era esperada como resultado da conferência do Rio no ano passado. O documento parte das diretrizes do texto da Rio+20 e, assim como ele, traz metas bem genéricas que devem entrar em vigor a partir de 2015 porque é quando termina o prazo para serem atingidos os objetivos do desenvolvimento do milênio, estabelecidos pela ONU. E os temas são os mais diversos:
1 – erradicar a pobreza extrema, inclusive a fome
2 – alcançar o desenvolvimento dentro dos limites planetários
3 – assegurar o aprendizado efetivo de todas crianças e jovens para a vida e a subsistência
4 – alcançar a igualdade de gêneros, a inclusão social e os direitos humanos
5 – alcançar a saúde e o bem-estar para todas as idades
6 – melhorar os sistemas agrícolas e aumentar a prosperidade rural
7 – tornar as cidades mais inclusivas, produtivas e resilientes
8 – refrear as mudanças climáticas e garantir energia limpa para todos
9 – proteger os serviços ecossistêmicos, a biodiversidade e a boa gestão dos recursos naturais
10 – ter uma governança voltada para o desenvolvimento sustentável.

Já em 2007, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), grupo dos mais reconhecidos especialistas de todo o mundo no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), concluiu que o aumento a partir de 2°C na temperatura média do planeta já ocasionaria mudanças significativas no clima global.
Efeitos como o degelo nas áreas polares e o aumento do nível dos oceanos, até a maior frequência e gravidade de eventos climáticos extremos e por consequência refugiados ambientais, seriam então sentidos – principalmente pelos países e pessoas mais pobres, sem recursos para prevenir e remediar tais problemas.
A elevação da temperatura média do planeta revela inúmeras implicações, como a migração de quem vive nas regiões costeiras, por conta do aumento do nível dos oceanos; a suspensão do abastecimento regular de água nos períodos de estiagem em países como China, Índia e Peru, devido ao degelo das cordilheiras dos Andes e Himalaias; perdas de espécies marinhas pela acidificação e aumento de temperatura dos oceanos – com reflexos sociais e econômicos àqueles que sobrevivem da pesca.
Além disso, a recorrência de fenômenos como furacões, ciclones, tornados e secas provavelmente evidenciará a urgência na definição de medidas de controle e redução das emissões, tais como protocolos de segurança e alertas meteorológicos. No Brasil, imagine quantos prejuízos não causaria a alteração do regime de chuvas.
Para que tudo isso ocorra, basta, concluíram os cientistas, que a concentração de gás carbônico (CO²) na atmosfera atinja 400ppm (partes por milhão)! A partir desse marco, passa a ser certo o aumento de no mínimo 2ºC. Pois, adivinhem: a humanidade atingiu o número alarmante, no último dia 9 de maio, conforme anunciou a ONU! Isto quer dizer que a cada 1 milhão de moléculas na atmosfera, 400 são de dióxido de carbono. O indicador deveria ser ouvido como um grito de socorro.
Segundo o IPCC, permanecer nesse ritmo progressivo de emissões pode vir a significar um aumento de até 6,4 ºC graus na temperatura média do planeta até o final do século. Os 10 anos mais quentes desde 1880, ocorreram, justamente, a partir de 1996.
Os céticos do clima diriam que a Terra já passou por outros momentos de mudanças climáticas. Ainda que a discussão possa parecer legítima (dependendo da intenção de quem defende que o aquecimento global não existe), é fato reconhecido pelo IPCC que a rapidez das mudanças do clima de agora nunca antes foram registradas e que as causas – pasmem! - são as atividades humana.
A humanidade não se satisfaz com a capacidade do planeta em absorver 5 bilhões de toneladas por ano de gases de efeito estufa. A quantidade de gases emitidos em 2008, por exemplo, foi de 7,9 bilhões de toneladas pela queima de combustíveis fósseis e 1,5 bilhão de toneladas por desmatamentos. O excedente de 4,4 bilhões de toneladas está acumulado, intensificando a retenção de calor.
Enquanto na atmosfera terrestre se acumulam os 400 ppm, as emissões não estão diminuindo, pelo contrário, só aumentam. E, o Protocolo de Quioto (1997)... Esse alerta continuará a ser, simplesmente, ignorado? O que os governos, empresas e cidadãos estão efetivamente fazendo para reduzir suas emissões de Gases de Efeito Estufa?
Mudanças são essenciais para que haja, no mínimo, o controle desse quadro. Chegou-se a um ponto irreversível, já se sabe que efeitos serão sentidos. A questão passou a ser minimizar a gravidade da situação e as providências precisam caminhar em direção à adaptação da sociedade ao novo contexto.
Aprender a fazer mais com menos e cultivar novos padrões de consumo são lições importantes para a geração atual aprender e talvez o maior legado para as futuras gerações, já prejudicadas pelas ações de seus antepassados.
Justamente quando deveria acabar, a lacuna entre discurso e prática se mostra mais evidente. Governos, é essencial adotar medidas imediatas, como a criação de restrições quanto às altas emissões, a imposição obrigatória de gases de efeito estufa, o incremento de áreas verdes, o desestímulo ao automóvel, planejamento urbano, estímulo às fontes alternativas de energia, entre outros inúmeros ingredientes que possam garantir mais qualidade ambiental (e vida) no planeta. Com a receita em mãos, o próximo passo é arregaçar as mangas.


Fonte: Mundo Sustentável / Máster Ambiental