Lançado ontem (23 de novembro), o livro Uso Sustentável e Conservação dos Recursos Florestais da Caatinga, é uma realização do Serviço Florestal Brasileiro - MMA, com intensa participação da APNE e Rede de Manejo. Tem edição cuidadosa e os capítulos pareceram-me bastante esclarecedores, alguns de mérito louvável. Mas, só um estudo muito mais detalhado me permitiria resenhar sobre o livro, analisando o que já percebi como grandes virtudes e sutis incoerências. Por enquanto, segue os parabéns a todos que participaram, aconselhando todos os florestais a procurá-lo (onde?) e lê-lo. Mas, logo de cara, uma indagação: se o SFB "derrete-se" de alegria e orgulho pelos resultados de 25 anos de estímulo (incentivo, apoio, fé, não sei bem...) ao manejo da caatinga, por que não se tem, nos instrumentos de política pública, iniciativa alguma que reflita isso? Descontando-se alguns editais de fundos, que sustentam a ação pontual de algumas organizações não governamentais, não há, em Pernambuco ou no Brasil, instrumentos gerais e inclusivos que busquem superar obstáculos para uma prática aproximadamente sustentável, como extensão rural, pagamento de serviços ambientais, fiscalização, busca de novos mercados, etc...A política florestal de Pernambuco - que nunca existiu, diga-se de passagem - precisaria incorporar essas questões franca e claramente.
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