Ultimamente tenho conversado com vários colegas, ex-alunos graduados ou pós-graduados recentemente e tenho sentido em todos uma certa perplexidade frente ao mercado de trabalho. Sabe-se que há oportunidades e novas demandas de mercado mas, por outro lado, uma grande dificuldade de visualizar, compreender e acessar esse mercado. Quais as áreas que, atualmente, mais demandam os trabalhos de Engenheiros Florestais? Como, além dos esperados concursos, procurar se iniciar na profissão, ganhando experiência e exercitando as habilidades desenvolvidas? Nos últimos anos, novas atividades se apresentaram promissoras, como fiscalização de obras, estudos ambientais, gestão e planejamento ambiental, projetos de restauração florestal – para não falar dos recorrentes levantamentos para solicitação de supressão de vegetação. Muitas dessas atividades estão sob a responsabilidade de empresas de consultoria, escritórios de projetos e mesmo empresas de engenharia e construções, nas quais os engenheiros florestais são necessários – mas como se fazer presente, como se apresentar a esse novo mercado?
Ser ou não ser autônomo? Quais as dificuldades,exigências e possibilidades? Como prestar serviços ao poder público que pouco contrata mas terceiriza muitas atividades? Como aproveitar o "surto" de crescimento de Pernambuco e, além de se estabelecer profissionalmente, prestar o serviço que a sociedade necessita em tantas áreas que a Engenharia Florestal pode atuar.
Não está na hora de as nossas Associações conduzirem um debate maduro e profícuo sobre isso? A universidade busca ajudar, aconselhar e até encaminhar alguns profissionais, mas esse papel foge um pouco da nossa missão e nosso poder de fogo é pequeno. Parece-me que esse papel cabe, antes de tudo, às Associações profissionais e ao próprio Conselho de Classe. O que acham?
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