segunda-feira, 29 de julho de 2013

AS DEZ FLORESTAS MAIS AMEAÇADAS DO MUNDO...

As 10 florestas mais ameaçadas do mundo

Todas as florestas consideradas no estudo já perderam pelo menos 90% de sua vegetação original

A organização Conservação Internacional divulgou um estudo mostrando as áreas florestais mais ameaçadas do mundo. A pesquisa, que enumerou os dez em maior perigo, tem a Mata Atlântica ocupando a quinta colocação. Os “hotspots de biodiversidade”, como foram chamadas as análises, mostram áreas espalhadas por todo o globo, que abrigam grande biodiversidade com espécies animais e vegetais únicas, mas que correm sérios riscos de extinção. As áreas ranqueadas estão no sudeste asiático, na Nova Zelândia, na China, na África Oriental, em Madagascar e também no Brasil.
Todas as florestas consideradas no estudo já perderam, pelo menos, 90% de sua vegetação original. A preocupação maior está no fato de que essas áreas abrigam pelo menos 1.500 tipos de espécies nativas endêmicas, que só existem ali. A Mata Atlântica é um bom exemplo disso. A sua área original ocupava grande parte da costa brasileira e hoje restam apenas 8% dessa vegetação em todo o território nacional. Mesmo assim, ela possui cerca de 20 mil espécies de plantas, 40% delas endêmicas.
O desmatamento é uma preocupação constante já que as florestas cobrem apenas 30% do nosso planeta e são responsáveis por fornecer alimentos para 1,6 bilhões de pessoas. Além disso, elas fazem a manutenção do clima e têm importância econômica. As florestas também são importantes reservatórios de água doce, já que três quartos da água potável do mundo é proveniente de vertentes florestais, e a maior parte das cidades depende delas para conseguir água limpa. O intuito do estudo, segundo a CI é encorajar os países a definirem novas estratégias de proteção aos biomas, exaltando o fato de que também é possível obter benefícios econômicos mantendo a floresta em pé.
Ranking completo das dez florestas mais ameaçadas no mundo
1 – Regiões da Indo-Birmânia (Ásia-Pacífico): Possui rios e pântanos importantes para a conservação da fauna. No entanto, boa parte dos rios foi represada para a instalação de usinas hidrelétricas e muitos mangues foram transformados em reservatórios com interesses econômicos. Restam apenas 5% da vegetação original.
2 - Nova Zelândia (Oceania): Abriga mamíferos, anfíbios e répteis que não são encontrados em nenhum outro lugar do planeta. A caça e destruição dos habitats e florestas causaram a extinção de algumas espécies. Outro problema que dificulta a biodiversidade local é a drenagem de pântanos. Resta hoje apenas 5% do bioma local.
3 – Sunda (Indonésia, Malásia e Brunei – Ásia Pacífico): A área abriga 17 mil ilhas equatoriais, inclusive as duas maiores do Boréo e Sumatra, e suas florestas estão sendo dizimadas para o uso comercial, para a produção de borracha, óleo de dendê e celulose. Apenas 7% da vegetação original existe até hoje.
4 – Filipinas (Ásia-Pacífico) É considerado um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo. Porém, as intensas atividades madeireiras e a agricultura destruíram 93% da vegetação do país. A situação fica ainda pior devido ao aumento da taxa de crescimento populacional.
5 – Mata Atlântica (América do Sul): Já esteve presente em praticamente toda a costa brasileira, abrigando 20 mil espécies de plantas. A floresta foi prejudicada inicialmente pelo cultivo de cana-de-açúcar. Hoje, os principais problemas estão associados à urbanização de São Paulo e Rio de Janeiro.
6 – Montanhas do Centro-Sul da China (Ásia): Inclui uma incrível diversidade de habitats, a maior taxa de endemismo do mundo e a maior parte dos sistemas hídricos asiáticos. O principal problema da região é a construção de barragens para a obtenção de energia. Esse e outros problemas fizeram com que restassem apenas 8% da vegetação nativa.
7 – Província Florística da Califórnia (América do Norte):Possui clima mediterrâneo e abriga o maior organismo vivo do planeta, a sequóia gigante. É também o local de maior reprodução de aves dos Estados Unidos. A expansão das áreas urbanas é o maior problema da região, que possui apenas 10% de sua área inicial.
8 – Florestas Costeiras da África Oriental (África): Espalhadas por países como Quênia e Tanzânia possuem grande diversidade de espécies endêmicas, que sofrem com um solo pobre e o crescimento populacional.
9 – Madagascar e ilhas do Oceano Índico (África): As ilhas possuem diversos animais que não são encontrados no continente. Somente 10% do habitat original conseguiu resistir às pressões oferecidas pelo aumento no contingente populacional e nas atividades como mineração e extração de madeira.
10 – Florestas Afromontane (África Oriental): Espalhadas por montanhas dispersas, essas florestas possuem uma flora única e abrigam alguns dos lagos mais bonitos do mundo. A agricultura é a principal ameaça, seguida do comércio de carne, que resultaram na destruição de 89% do habitat original.

FONTE: Ciclo Vivo / http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=8916

quinta-feira, 18 de julho de 2013

TRÊS ESPÉCIES DE CONÍFERAS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NO BRASIL

Caracterizadas por suas copas em forma de cone, folhas pontiagudas e bastante escuras, as coníferas são consideradas espécies-chave para diferentes ecossistemas em todo o mundo e também na captura do carbono no planeta. Apesar de presentes no hemisfério norte e em regiões frias ou temperadas, várias espécies apresentam crítico estado de conservação, conforme a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), divulgada em julho.

De acordo com o levantamento internacional, 34% dos cedros, ciprestes, abetos e outras coníferas estão ameaçadas de extinção – aumento de 4% em comparação com a última avaliação, feita em 1998. Philip Thomas, coordenador do grupo especialista em coníferas da IUCN, salienta que 27 variedades no mundo aparecem como criticamente ameaçadas de extinção, entre elas, a Araucaria angustifolia, conhecida como pinheiro brasileiro ou pinheiro do Paraná. Ela ocorre principalmente em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, mas também pode ser encontrada em São Paulo e Minas Gerais, além de algumas regiões no Paraguai e na Argentina.

Encontrada em regiões com altitude a partir de 500 metros, a araucária pode atingir até 40 metros de altura. Ela é responsável por proteger plantas menores, que precisam de áreas de sombra, e serve como base para a alimentação de roedores e pássaros. No inverno, o pinhão (semente da araucária) é a única fonte de alimento para várias espécies e de renda de muitas famílias.
No total, nove espécies de coníferas brasileiras integram a Lista Vermelha da IUCN. Além da araucária, outras duas são citadas como ameaçadas: a Podocarpus sellowii e a Podocarpus transiens, popularmente conhecidos como pinheiros-bravos. Elas ocorrem na região Sul e Sudeste. A segunda também está presente na Bahia e Goiás, conforme Gustavo Martinelli, coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNC Flora).
As mudanças climáticas têm dificultado a sobrevivência das coníferas pelo mundo. “Pragas e doenças estão se tornando cada vez mais uma ameaça, especialmente em áreas que experimentam eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, ou em áreas onde as temperaturas médias estão subindo”, ressalta Thomas.
No Brasil, a principal causa do desmatamento no Brasil é a conversão das áreas de floresta em pastagens ou sua utilização para a agricultura ou plantio de florestas de pinus e eucaliptos para a indústria de papel e celulose, destaca Martinelli.
Segundo a IUCN, a araucária já perdeu 97% do seu ambiente original no Brasil. A cobertura destas árvores correspondia a cerca de 40% da floresta ombrófila mista, que compõe o bioma da mata atlântica, explica Yeda Maria Malheiros de Oliveira, engenheira florestal da Embrapa Florestas.
Ameaça às futuras gerações – Segundo especialistas, o processo de extinção às vezes pode ser difícil de se observar. “A vulnerabilidade tem muito mais a ver com a erosão genética do que com a quantidade de árvores. Na região onde a araucária vive, é difícil encontrar uma área com cerca de mil hectares. A maioria é entre cinco e dez”, diz Oliveira. Por causa da ação humana, a araucária fica ilhada em áreas fragmentadas, o que pode comprometer a variabilidade genética e o surgimento de novos exemplares.
A legislação ambiental brasileira proíbe o corte das araucárias, o que, segundo especialistas, ironicamente acaba prejudicando o desenvolvimento da espécie. “Muitos produtores rurais cortam as araucárias quando pequenas, porque acham que não poderão usar a área do entorno se existir uma planta desta espécie”, diz Oliveira.
Na opinião do engenheiro florestal Alexandre Vibrans, responsável pelo Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, políticas públicas deveriam ser criadas para permitir a exploração sustentável e incentivar o plantio de araucárias, “com melhoramento genético e aumento da produtividade, para que seu reflorestamento possa ser competitivo com os plantios das espécies exóticas, como o pinus”.
Fonte: Terra

segunda-feira, 1 de julho de 2013

ESTUDO SUGERE QUE ÁRVORES AJUDAM A REDUZIR MORTES EM GRANDES CIDADES


Cientistas do Serviço Florestal dos Estados Unidos, juntamente com o Instituto Davey, pesquisaram o impacto das florestas urbanas nas grandes cidades. O resultado mostra que as árvores podem salvar uma vida a cada ano e reduzir a poluição local.
O estudo foi feito em uma amostra que abrange dez cidades norte-americanas: Atlanta, Baltimore, Boston, Chicago, Los Angeles, Minneapolis, Nova York, Filadélfia, San Francisco e Syracuse. A constatação é de que as árvores auxiliam no controle das pequenas partículas de poluição que ocasionam doenças graves no pulmão, aterosclerose acelerada, problemas cardíacos, inflamações e até mesmo a morte prematura.
Por concentrar níveis altos de poluentes no ar, a cidade de Nova York foi a que apresentou melhores resultados na relação entre florestas urbanas e qualidade de vida. Lá, as árvores são responsáveis por salvarem até oito pessoas por ano.
“Esta pesquisa mostra claramente que as florestas urbanas da América são investimentos essenciais para ajudar a produzir ar puro e água limpa, reduzir os custos com energia e tornar as cidades mais habitáveis. Simplificando, as florestas urbanas melhoram a vida das pessoas”, explicou Michael Rains, diretor do Serviço Florestal dos EUA.
Os resultados identificados na Filadélfia comprovam a veracidade do estudo. A redução da mortalidade em consequência das árvores plantadas na cidade a partir de 2011 permitiu uma economia financeira de US$ 9,7 milhões, também proporcionada pela redução de mais de dois mil casos de asma e doenças pulmonares e maior assiduidade dos funcionários em seus empregos.

FONTE: * Publicado originalmente no site CicloVivohttp://envolverde.com.br