quarta-feira, 2 de abril de 2014

COMO SE PODE VER, O SOLO, O MAR, OS RIOS E O CLIMA DA TERRA NÃO OBEDECEM ÀS FRONTEIRAS TERRITORIAIS GEOPOLÍTICAS INVENTADAS PELO SER HUMANO...

Antártica: geleiras derretem 77% mais rápido que há 40 anos

As geleiras da Antártica estão derretendo 77% mais rápido do que há 40 anos, segundo informações publicadas pelo Daily Mail.
Segundo a publicação, seis geleiras foram responsáveis ​​por 10% da elevação do nível do mar do mundo entre 2005 e 2010, aponta relatório realizado pela Universidade da Califórnia.
Os pesquisadores estudaram rachaduras nas geleiras para calcular a descarga de gelo.
A aceleração do fluxo da geleira também está sendo auxiliado por águas mais quentes do oceano, o que pode significar que as plataformas de gelo são menos resistentes às correntes marítimas, de acordo com o jornal. (Fonte: Terra)

Clima global explica aumento de gelo no entorno da Antártida

Quando se trata de gelo, os dois polos do planeta vivem situações distintas: enquanto no Norte ele derrete em velocidade vertiginosa, na Antártida, algumas regiões tiveram até um aumento.
Um paradoxo que intrigou cientistas e serviu de argumento para aqueles que negam o aquecimento global da Terra.
Recentemente, no entanto, uma série de estudos sobre o assunto tem indicado que o aumento de gelo nos arredores da Antártida, por mais estranho que possa parecer, indica estar ligado justamente ao aumento da temperatura no mundo e a seus desdobramentos.
“O cenário de um planeta mais quente está produzindo respostas muito sensíveis nos dois polos, algumas até conflitantes. Mas são fenômenos interligados”, explica o climatologista Francisco Eliseu Aquino, chefe do departamento de Geografia da Universidade Federal do Sul e especialista em Antártida.
O modo com que as mudanças climáticas atuam em cada região polar está intimamente ligado a diferenças geográficas entre os hemisférios. No Ártico, há um oceano cercado por continentes. Na Antártida, há um isolamento maior, sendo um continente cercado por oceanos.
Essas diferenças na distribuição da terra e da água nas duas regiões polares contribuem para que eles tenham padrões, a curto e longo prazo, de circulação atmosférica e oceânica e cobertura de gelo marinho diferentes.
Sem comemorações – Dados da Organização Meteorológica Mundial e de outras organizações que monitoram o clima no planeta confirmam que as duas últimas décadas foram de aquecimento consistente em boa parte do globo. E há sinais de alterações em várias dinâmicas climáticas que acabam refletindo nos polos.
O aumento do gelo do entorno do continente não significa que esteja tudo bem. Outras regiões, especialmente a península Antártica, tiveram redução significativa. Ou seja, basicamente, houve uma redistribuição do gelo.
“Na península, as geleiras estão derretendo, a temperatura está mais alta, animais e plantas já conseguem migrar mais para o Sul, habitando áreas que até então não eram possíveis. É um cenário preocupante”, enumera Jefferson Cardia Simões, Jefferson Simões, diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Nos últimos dois anos, uma série de artigos têm jogado uma luz no comportamento distinto do gelo que cerca o continente.
Uma das principais influências está relacionada à variação na pressão atmosférica causada pelo aquecimento global, que aumenta o gradiente de pressão entre as baixas e altas latitudes.
A pressão teve um aumento em latitudes subtropicais, enquanto, na periferia da Antártida, ela ficou mais baixa. Como resultado, os ventos na região se tornaram ainda mais intensos.
Mais ventos e mais tempestades acabaram formando mais gelo no cinturão em torno do continente.
O derretimento das geleiras da península também contribui para o fenômeno, jogando no oceano grandes quantidades de água mais doce e fria, o que facilita seu congelamento na periferia. Para completar, existe ainda a interação com os oceanos de fora.
Há tempos os cientistas sabem que alterações na temperatura do Pacífico têm influencia no continente, mas, um estudo publicado há pouco mais de um mês na “Nature” em janeiro mostrou que mudanças nas águas do Atlântico também têm relação com a redistribuição do gelo antártico.
“O clima na Antártida é complexo e tem muitas interações como o resto do mundo que precisam ser bem compreendidas” completa Francisco Aquino, da UFGRS. (Fonte: Folha.com)

OMM: As altas temperaturas de 2013 confirmam o aquecimento global

O ano 2013 foi, junto com 2007, o sexto mais quente desde meados do século XIX, informou nesta segunda-feira a Organização Mundial da Meteorologia (OMM), segundo a qual este aumento de temperatura confirma que o aquecimento global, e portanto a mudança climática, está ocorrendo “sem lugar de dúvidas”.
“Temos que levar em conta que em 2013 não ocorreu o fenômeno El Ninõ, que tende a aquecer mais o planeta. E apesar da ausência desse fenômeno, tivemos um aumento da temperatura global, isto demonstra que o aquecimento global está ocorrendo”, afirmou em entrevista coletiva o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
El Niño, e seu fenômeno oposto, La Niña, são responsáveis pelo aquecimento e esfriamento de extensas zonas do mar, respectivamente, e contribuem para o aumento das temperaturas do ar.
Jarraud apresentou hoje a “Declaração sobre o Estado do Clima de 2013″, elaborada pela OMM e que contém detalhes sobre precipitações, inundações, secas, ciclones tropicais, a cobertura de gelo e o nível do mar em escala regional.
Tanto em 2013 como em 2007, as temperaturas da superfície do oceano e da terra foram superiores em 0,50 graus centígrados a média de 1961 a 1990, e 0,03 graus centígrados mais altas que a média da década mais recente (2001-2010).
Estes dados deixam sem argumentos os que ainda rebatem o fenômeno da mudança climática, explicou Jarraud, que disse que 13 dos 14 anos mais quentes dos quais se têm dados foram registrados no século XXI.
Os mais calorosos de todos foram 2005 e 2010, com temperaturas mundiais superiores em 0,55 graus centígrados à média a longo prazo.
“De fato, cada década em meio século é mais quente que a precedente”, afirmou Jarraud, que acrescentou que o aquecimento do ar ano a ano é menor do que se esperava, o que é algo muito positivo, mas o dos oceanos está crescendo.
Os oceanos constituem uma proteção eficaz do sistema climático ao absorver e armazenar uma grande quantidade do excesso de carbono e de calor da atmosfera.
O relatório revela que ao redor de 93% do excesso de calor apanhado pelo sistema terrestre entre 1971 e 2010 foi absorvido pelos oceanos.
Antes do ano 2000, a maior parte do calor ficava entre os 700 metros de profundidade e a superfície; e desde então o calor foi armazenado entre os 700 metros e os 2000 metros, o que já causou danos nos corais, mariscos e em outros tipos de vida marinha.
“Mas há outras consequências negativas. Por exemplo, na zona onde se gerou o tufão Haiyan (também conhecido como Yolanda), uma das tempestades mais intensas que tocaram a terra, e que devastou partes do centro das Filipinas, o nível do mar subiu 35 centímetros nos últimos 50 anos, e isso tem efeitos inegáveis”, declarou Jarraud.
Em escala mundial, o nível do mar subiu em 19 centímetros desde o início do século XX, devido principalmente ao aumento da temperatura e ao degelo das geleiras.
Por outro lado, em 2013 as temperaturas altas mais extremas se registraram na Austrália, que viveu o ano mais quente que se tenham dados.
A OMM lembrou hoje que, em geral, o hemisfério sul sofreu com uma onda de calor muito intensa no ano passado que provocou fenômenos extremos e aparentemente opostos.
Cabe lembrar que, por exemplo, em 2013 o nordeste do Brasil padeceu de uma seca devastadora, e o planalto brasileiro sofreu o maior déficit de chuva desde 1979, enquanto o sudeste do país sofreu intensas chuvas.
A Argentina, por sua vez, experimentou um período extremamente quente de outubro a dezembro, incluindo o dezembro mais caloroso desde que são feitas as estatísticas, o que contribuiu para que 2013 fora o segundo ano mais quente (após 2012) desde que se têm dados. (Fonte: Terra)

Cientistas do país estudam interação entre a Antártica e a Amazônia


  • É difícil imaginar que a Antártica, a maior massa de gelo do planeta, possa interferir no clima de um país tropical como o Brasil, mas a verdade é que o continente gelado influencia e é influenciado especialmente pelo que acontece na América do Sul, inclusive na Amazônia, causando secas na região e recebendo a poluição gerada ali.
“A grande vantagem de se estudar a Antártica é que a região ainda não sofreu [tantas] intervenções humanas, o que permite investigar como e porque as mudanças ocorrem”, explicou Leonardo Duarte Batista da Silva, 42 anos, coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Silva faz parte de um grupo de estudos que realiza, neste verão antártico, pesquisas sobre os criossolos (solos congelados) e os impactos que sofrem com as mudanças climáticas.
De acordo com Heitor Evangelista, cientista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), “tudo o que é produzido nos continentes, decorrente de atividades industriais, vulcanismo, uso do solo, chega à Antártica. Cerca de 80% do que chega à Antártica (como poluição, fragmentos de queimadas) vem da América do Sul, 10% vem da Austrália e outros 10% do resto do mundo”, conta.
“A gente tem uma ideia equivocada de que a Antártica só exporta frentes frias, correntes marinhas frias. Mas ela também recebe muita influência. Existe, na verdade, um sistema de trocas entre os subtrópicos e as zonas polares globais”, prosseguiu.
Fascínio pelo frio – Esta influência, sentida claramente nas ondas de frio e nas chuvas que chegam ao Brasil, pode ser um dos fatores para explicar o fascínio que a Antártica desperta em cientistas de um país tropical. Segundo cifras oficiais, na última década, uma média anual de 250 pesquisadores de universidades brasileiras desenvolveu projetos científicos na Antártica, em campos tão distintos quanto ciências atmosféricas, biologia e geologia, entre outros.
Há dois anos, Evangelista e o professor Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), implantaram no interior do continente gelado o Criosfera 1, primeiro posto científico avançado do Brasil na Antártica, 3.000 km ao sul da estação brasileira Comandante Ferraz, situada nas ilhas Shetland do Sul.
Distante 500 km do Polo Sul, o módulo, movido a energias solar e eólica, conta com uma equipe reduzida de quatro cientistas, que se dedica a pesquisas em áreas como microbiologia, clima, gases de efeito estufa e raios cósmicos.
Simbiose entre a Amazônia e Antártica – Em seus estudos no continente gelado, Evangelista, ao lado do biólogo brasileiro Marcio Cataldo e de outros cientistas do British Antarctic Survey viram que o aumento dos ventos no centro da Antártica pode afetar o clima na região amazônica.
Segundo observaram, a redução da camada de ozônio sobre o Polo Sul provoca um resfriamento na estratosfera (alta atmosfera) na região central da Antártica, enquanto ao seu redor as temperaturas se mantêm mais quentes por ação dos gases de efeito estufa.
Este contraste entre calor e frio aumenta a intensidade dos ventos da região, conhecidos como “westerly winds”, alterando toda a estrutura de ventos no Atlântico Sul, afetando, por fim, o clima na Amazônia. Uma das consequências deste fenômeno seria a intensificação das secas na floresta.
De acordo com Evangelista, um estudioso do paleoclima (passado do clima) na Antártica, a interação entre gelo e floresta é muito antiga. Segundo ele, análises de sedimentos demonstraram que há 5.000 anos já ocorreu uma seca severa relacionada com o clima antártico.
“Estudar o gelo na Antártica é, de certa forma, estudar o passado da América do Sul”, disse Evangelista, lembrando que estudos anteriores com isótopos de carbono já demonstraram um fenômeno climático similar no Lago Titicaca, na fronteira entre o Peru e a Bolívia. (Fonte: G1)

Poeira de tempestade de areia no Saara chega até o Reino Unido

Uma tempestade de areia no Deserto do Saara, no norte da África, fez chegar poeira até o sul da Inglaterra neste fim de semana. O material particulado percorreu mais de 3 mil quilômetros, de acordo com o Met Office, a instituição meteorológica oficial do Reino Unido.
Vários britânicos publicaram em redes sociais fotos de seus carros cobertos de poeria vermelha. A areia do deserto consegue viajar tão longe como a Europa quando as tempestades são combinadas com ventos no sentido norte. Ela pode ser soprada em outras direções. É sabido, por exemplo, que areia do Saara pode chegar até a Amazônia, contribuindo inclusive para as chuvas na região, pois em torno dos grãos formam-se gotas a partir do vapor d’água. (Fonte: G1)

Nuvem de areia do Saara encobre a Alemanha

Uma nuvem carregada de areia do deserto do Saara encobriu a Alemanha. A maior concentração foi medida nesta sexta-feira (4), a quatro quilômetros de altitude nas regiões oeste e central do país, segundo o Serviço Meteorológico Alemão (DWD). A previsão é de que o fenômeno continue até domingo.
A areia do deserto pode ser percebida como uma névoa amarelada durante o nascer do sol. Durante o dia, a poeira é visível apenas como uma nebulosidade perto do solo, por exemplo, quando se observa uma montanha de longe. As partículas medem entre cinco e dez micrômetros.
Na estação meteorológica localizada em Hohenpeissenberg, na Baviera, meteorologistas mediram uma concentração próxima ao solo de cerca de 35 microgramas por metro cúbico.
“Essa quantidade é três vezes maior que a média anual da concentração de partículas inaláveis, mas para uma nuvem de poeira do Saara está no nível normal”, afirma Harald Flentje, do DWD, à DW Brasil.
Areia viajante – Cerca de uma vez por mês, partículas de poeira do Saara viajam pela atmosfera e chegam à Alemanha, passando por Marrocos e França – mas em uma concentração bem menor que a atual. Esse fenômeno é típico na primavera e no verão. A nuvem é trazida com ar quente que vem do norte da África para a Alemanha.
“Desta vez, a duração que essa tempestade se manteve estável foi atípica, pois não houve uma forte dinâmica climática para que ela passasse mais rápido”, explica Flentje.
Segundo o pesquisador, a poeira do Saara na atual concentração não representa riscos para a população. Por outro lado, quando combinada com outros fatores, pode contribuir para desencadear crises em quem sofre de asma ou problemas circulatórios.
Além da Alemanha, a nuvem de poeira paira atualmente sobre Bélgica, Luxemburgo, Holanda, o norte da França e o sul da Inglaterra.
Viagem mais longa – Uma tempestade de areia nas dunas do Saara traz consequências para todo o meio ambiente. Os ventos podem transportar até 100 milhões de partículas de poeira pelo ar – e isso ao longo de grandes distâncias, podendo chegar até a América do Sul, carregando nutrientes para a Floresta Amazônica.
Cerca de 1,5 bilhão de partículas de poeira mineral pairam na atmosfera terrestre, 60 % delas provenientes do Saara. As nuvens de poeira podem chegar a uma extensão de 500 mil quilômetros quadrados – uma área tão grande como a Espanha.
Segundo pesquisas feitas no Instituto de Pesquisa da Troposfera, em Leipzig, na Alemanha, a poeira também age como uma proteção: ela filtra a passagem de cerca de um quarto da luz solar. No deserto, ela impede o superaquecimento do solo. (Fonte: Terra)

Aquecimento global ameaça café no Brasil, diz relatório da ONU

Alimento mais consumido pelo brasileiro, à frente do arroz e do feijão, o popular cafezinho pode perder o lugar cativo nas mesas de todo o país devido às mudanças climáticas.
Dados da segunda parte do quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), divulgada neste domingo (30), revelam que o aumento da temperatura média global pode reduzir as áreas destinadas ao cultivo do grão, especialmente o da variação arábica, que responde por 70% da demanda global.
O impacto seria maior em países como o Brasil, maior produtor e exportador mundial de café. Hoje, uma a cada três xícaras de café consumidas no mundo é produzida em solo brasileiro.
Outros alimentos, como cacau e chá, também poderiam ser severamente afetados pela onda de calor.
Baseado em uma compilação de estudos já publicados sobre o efeito do aquecimento global na produção de café, o relatório, divulgado em Yokohama, no Japão, aponta que a combinação de altas temperaturas e escassez de recursos hídricos diminuiria consideravelmente o cultivo do grão nos principais Estados produtores no Brasil, como Minas Gerais e São Paulo.
Nesses Estados, diz o IPCC, um aumento de 3ºC na temperatura global reduziria o potencial de cultivo das áreas destinadas ao plantio de café de 70-75% para 20-25%, enquanto que a produção em Goiás seria eliminada.
Em São Paulo, que responde por 10% do total de café colhido no Brasil, o aquecimento global reduziria a produção em 60%, causando perdas equivalentes a US$ 300 milhões (R$ 680 milhões).
“Essa tendência já vem sendo observada nos últimos anos. Entre 1998 e 2008, somente o Estado de São Paulo perdeu 35% de área cultivada com café arábica, a maioria substituídas por seringueira e cana-de-açúcar, que são plantas mais tolerantes ao calor e às estiagens mais longas. Nessas áreas, as temperaturas médias subiram mais de 1,5ºC, afetando diretamente o florescimento (dessas plantas)”, afirmou à BBC Brasil Hilton Silveira Pinto, professor da Unicamp e um dos autores do estudo citado no relatório do IPCC.
“‘Por outro lado, poderá haver um incremento de produção em regiões hoje mais frias, como Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, mas esse acréscimo não será capaz de compensar as perdas gerais da cultura”, acrescentou ele.
Cálculos matemáticos – A partir de simulações matemáticas, Silveira Pinto, da Unicamp, e Eduardo Assad, da Empraba, fizeram uma estimativa futura sobre a redução da área destinada ao cultivo do café em dois cenários: um otimista (B2), segundo o qual a temperatura global deve crescer entre 1,4°C e 3,8ºC até 2100, e outro pessimista (A1), que prevê uma onda de calor entre entre 2°C e 5,4ºC no mesmo período.
No primeiro cenário, os pesquisadores estimaram uma queda de 6,75% na área destinada ao cultivo do café até 2020. Mas em 2050, o total de terrenos propícios ao plantio do grão poderia diminuir 18,3%, chegando a 27,6% em 2070.
Nesse contexto, o aquecimento global poderia trazer prejuízos de R$ 600 milhões em 2020, R$ 1,7 bilhão em 2050 e R$ 2,55 bilhões em 2070, acrescentam.
Já no segundo cenário, o mais pessimista, a queda da área de baixo risco começa com 9,48% em 2020, subindo para 17,15% em 2050 e chegando a 33% em 2070, o que representaria um perda de R$ 882 milhões, R$ 1,6 bilhão e R$ 3 bilhões, respectivamente.
Brasil – Em 2013, ano considerado de safra curta, a produção total de café no Brasil foi de 2.918.652 quilos, o equivalente a 48,6 milhões de sacas de 60 quilos. Neste ano, o IBGE prevê um aumento de apenas 0,1% na produção, que deve alcançar 2.922.303 quilos.
No entanto, estima-se que haverá uma redução de 3,2% da área destinada à colheita do café arábica, que responde por dois terços da produção total. Se a previsão for confirmada, será a primeira vez em mais de 20 anos que não será observada a alternância de safras.
Isto é, safra cheia nos anos pares e safra curta nos ímpares. De 1992 a 2013, a tendência foi observada sem interrupções. As estimativas já levam em consideração o impacto do clima extremo que atingiu as fazendas de café brasileiras neste ano, depois que uma seca de grandes proporções eliminou 25% das lavouras e forçou 140 cidades a racionar água.
Porém, entidades do setor dizem que as previsões do IBGE estão descoladas do mercado. Segundo elas, a produção será ainda menor do que a prevista pelo instituto, dadas as intempéries relacionadas às mudanças climáticas.
Por causa das altas temperaturas, a colheita do café também teve de ser antecipada neste ano entre 15 a 25 dias. No caso do arábica, a colheita, que normalmente ocorre no final de maio, foi adiantada para o início do mesmo mês.
Já os produtores da variação robusta (ou conilon), que tradicionalmente é colhida antes do arábica devido à fenologia, deverão começar para valer a colheita em meados de abril, quando isso seria feito somente no início de maio, após chuvas abundantes terem antecipado as floradas e favorecido a formação do grão, segundo a agência de notícias Reuters.
Prejuízo – As previsões para a redução das áreas de cultivo destinadas à produção de café ocorrem em um momento de crescimento da demanda pelo grão ao redor do mundo. Só no Reino Unido, o número de estabelecimentos que vendem café aumentou 4% na última década. Somente esse setor fatura 5,8 bilhões de libras (R$ 22 bilhões).
O estudo do IPCC também alerta que o aquecimento global pode diminuir em 40% o número de terrenos propícios ao cultivo de outros grãos na Costa Rica, Nicarágua e El Salvador, afetando 1,4 milhão de pessoas.
Na África, países como Etiópia, Quênia, Uganda, Ruanda e Burundi, conhecidos pela produção da variação arábica em áreas de maior altitude, também devem ser ameaçados pelas mudanças climáticas, acrescenta o relatório.

IPCC – Neste domingo, em Yokohama, foi divulgada a conclusão do segundo grupo de trabalho da quinta avaliação do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), sobre os impactos da alteração climática, adaptação e vulnerabilidade da Terra.
O relatório completo será divulgado no fim do ano. As outras edições foram apresentadas em 1990, 1995, 2001 e 2007.
Para elaborar as avaliações, o IPCC divide-se em três Grupos de Trabalho (GTs). O GT I é responsável pela ‘Base Científica da Alteração Climática’, o II lida com ‘Impactos da Alteração Climática, Adaptação e Vulnerabilidade’ e o III está a cargo de explicar a ‘Mitigação da Alteração Climática’. (Fonte: G1)

Governo precisa de plano nacional de adaptação às mudanças climáticas, diz ONG

O coordenador-geral do Observatório do Clima (OC – rede de organizações não governamentais e movimentos sociais brasileiros que atuam na agenda de mudanças climáticas no país), André Ferretti, disse na segunda-feira (31) à Agência Brasil que o governo federal necessita ter um plano nacional de adaptação para enfrentar as consequências do aquecimento global.
Segundo Ferretti, o novo relatório do Painel Intergovernamental da Organização das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (IPCC), divulgado na segunda-feira e que trata dos impactos, adaptação e vulnerabilidade às mudanças climáticas, mostra de forma clara que o mundo ainda não consegue calcular quanto isso vai custar aos países. A estimativa é que os custos oscilem entre US$ 4 bilhões e mais de US$ 100 bilhões nos 40 anos compreendidos entre 2010 e 2050. “Essa variação mostra a grande dificuldade de se calcular, porque são muitos fatores envolvidos”, disse.
Ferretti sublinhou que, quando se fala em impactos e adaptação, é preciso que o país saiba quais são as suas vulnerabilidades, “mapeá-las e traçar planos para reduzi-las”. Ele explicou que como o mundo ainda não traçou esse mapa, fica difícil estimar quanto vai custar para se adaptar às mudanças que estão em curso e àquelas que virão.
Por isso, Ferretti indicou que o Observatório do Clima (OC) considera fundamental que o Brasil tenha um plano nacional de adaptação. A demanda da ONG é antiga e ganha cada vez mais força, destacou. “O relatório [do IPCC] evidencia que é urgente a necessidade de um plano e é estratégico para qualquer país, conhecendo os seus pontos mais vulneráveis, se preparar para essa adaptação”. Segundo Ferretti, é em função da qualidade dessa adaptação que o governo poderá saber se haverá mais prejuízos sociais, econômicos e ambientais em decorrência das mudanças do clima.
Ferretti sugeriu que uma das estratégias mais eficientes e baratas é a adaptação baseada em ecossistemas. Isso significa manter os ecossistemas funcionando em boa qualidade, para que os serviços ambientais essenciais continuem sendo providos. No caso brasileiro, em especial, ele destacou a energia hidrelétrica, da qual o país é dependente e está enfrentando problemas de falta de água nos reservatórios em um período que deveria ser de chuvas abundantes. ”Eventos como esse vão ser cada vez mais frequentes e intensos, segundo as previsões do segundo relatório do IPCC. E a gente sabe que além de sofrer com a falta de água em algumas épocas, a água que é usada para o abastecimento vai gerar também problemas de abastecimento de energia”, acredita.
O coordenador-geral do OC indicou que no plano nacional de adaptação, o governo precisa identificar os principais mananciais que estão sendo usados atualmente pela população, mas também os mananciais que serão usados no futuro próximo, devido à demanda crescente, “e protegê-los, conservá-los, também com isso melhorando a qualidade e a vida útil das nossas represas”. Dessa forma, ele diz que o país consegue ter um sistema de fornecimento de água e de energia mais eficiente.
Ferretti ponderou, entretanto, que, mesmo assim, o país estará vulnerável e não poderá focar os investimentos somente em energia hidrelétrica, mas deve investir também, com mais intensidade, em outras fontes renováveis que não agravem as mudanças climáticas, entre as quais a energia solar e a eólica (dos ventos). Ele lembrou que no ano passado, o governo federal apresentou o seu plano setorial de mitigação e adaptação às mudanças climáticas para o setor de energia. “E a gente vê que esse plano investe, basicamente, 70% dos recursos até 2020 em combustíveis fósseis, o que é uma contradição. Tem que ser justamente o contrário. Aliás, não tinha que ter investimento nenhum nisso. Tinha que ter investimento em [combustíveis] não fósseis”, opinou.
Outra questão que preocupa a ONG é o desmatamento existente no Brasil que, depois de recuar os índices nos últimos anos, voltou a aumentar na Amazônia, em 2013. “É um sério problema”. Ferretti defende que o objetivo é que o Brasil caminhe para o desmatamento zero. “Temos que conservar os ecossistemas, funcionando e garantindo os serviços ambientais essenciais para a população”.
Na avaliação do coordenador do OC, o Brasil precisa ser mais ousado e trilhar, em caráter definitivo, o caminho rumo a uma economia descarbonizada, com investimentos direcionados a tudo que seja limpo de carbono e possa trazer um diferencial para o país, em termos de novas oportunidades, novos empregos e negócios. “É o que o mundo vai precisar nos próximos anos. Se a gente ficar com essa fixação em pré-sal, a gente vai estar desenvolvendo nosso país nos próximos anos para uma energia de que o mundo vai precisar abrir mão”, salientou. “Se o Brasil insistir no petróleo, certamente sofrerá pressão no futuro para não jogar isso na atmosfera”.
No próximo dia 29 de abril, o OC levará suas sugestões sobre o Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas à reunião do grupo executivo da Comissão Interministerial de Mudanças Climáticas. Em outubro, após o lançamento dos relatórios completos do IPCC, a ONG pretende divulgar o sistema de estimativas de emissões de gases de efeito estufa do Brasil, em que analisa as emissões do país no ano anterior. No ano passado, foram calculadas as emissões de cada setor da economia. “Este ano, nós vamos revisar isso e, com os dados dos relatórios do IPCC, nós vamos preparar todo um material para levar ao governo”.
Ferretti também coordena as estratégias de conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. (Fonte: Agência Brasil)

Mudança climática eleva riscos de conflitos e fome, diz IPCC

O aumento das emissões de CO2 elevará durante este século os riscos de conflitos, fome, enchentes e migrações, informa o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), divulgado nesta segunda-feira (31).
“O aumento de temperaturas aumenta a probabilidade de impactos severos, generalizados e irreversíveis”, em todo o mundo, alerta o quinto informe do IPCC.
Se não se conseguir estancar as emissões dos gases causadores do efeito estufa, o custo pode chegar a bilhões de dólares em danos a ecossistemas e a propriedades, além da necessidade de se criar sistemas de proteção dessas mudanças.
Os efeitos da mudança climática já começam a ser notados e vão piorar com cada grau centígrado de aumento da temperatura.
A Amazônia em perigo A fome poderá ser especialmente severa nos países tropicais e subtropicais. A Amazônia é um dos ecossistemas que mais poderão ser prejudicados, juntos com os polos, os pequenos Estados insulares no Pacífico e os litorais marítimos de todos os continentes.
Bastante extenso, o informe detalha os efeitos por região. Nas Américas do Sul e Central, os desafios são a escassez de água em áreas semiáridas, as inundações em zonas urbanas superpovoadas, a queda da produção alimentar e de sua qualidade e a propagação de doenças transmitidas por mosquitos.
As cidades latino-americanas devem se preparar para modificar seus planos de urbanismo e de tratamento de água. A produção agrícola deverá se adaptar aos períodos de seca, ou de grandes chuvas, com grãos mais resistentes.
As zonas de mata virgem deverão manter afastada a pressão dos assentamentos humanos.
O documento é resultado de intensas deliberações entre centenas de cientistas desde que a comunidade internacional aprovou a criação do IPCC em 1988.
O informe “é um manual de instruções para se enfrentar a mudança climática, mas também representa um marco para entendê-la, para entender suas implicações”, explicou o co-presidente do IPCC, Chris Field, da Carnegie Institution.
A edição anterior, de 2007, valeu ao IPCC o Prêmio Nobel da Paz, mas seu sucesso e visibilidade não conseguiram mobilizar as consciências o suficiente. A reunião internacional de Copenhague, em 2009, que se dedicaria a obter um pacto contra a mudança climática, foi um estrondoso fracasso.
Esse novo documento, publicado em Yokohama, em Tóquio, após cinco dias de reuniões, detalha de forma mais extensa o alcance do problema, que se acelerou a partir do século XX.
As temperaturas vão subir entre 0,3ºC e 4,8ºC neste século, o que se soma ao 0,7ºC calculado desde o início da Revolução Industrial. Além disso, o nível dos mares aumentará entre 26 e 82 centímetros até 2100.
A alta das temperaturas reduzirá o crescimento econômico mundial entre 0,2% e 2% ao ano – calculam os cientistas. Nesse sentido, o IPCC reivindica um pacto mundial até o final de 2015 para limitar esse aumento a até 2ºC no século atual.
Riscos para a segurança – Os impactos aumentam com cada grau centígrado e podem ser desastrosos acima de 4ºC, adverte o texto.
A mudança climática pode provocar mais conflitos regionais, devido às migrações das populações afetadas pelas enchentes e à competição pelo monopólio de água e comida.
“A mudança climática tende a atuar como um multiplicador de ameaças”, disse Field.
“Há muitas coisas que fragilizam as pessoas, e quando você combina um choque climático com esses fatores, os resultados podem ser ruins”, alertou.
Na Europa e na Ásia, é provável que as temporadas e o volume de chuva sofram mudanças dramáticas. Isso terá um impacto nas colheitas de trigo, arroz, ou milho, por exemplo. Espécies de plantas, ou de animais, poderão desaparecer.
Os países pobres serão, contudo, os que vão sofrer as mais graves consequências desse novo cenário.
O relatório garante que o aquecimento global é irreversível, mas que pode ser reduzido drasticamente, se o ser humano controlar as emissões de CO2. Algumas medidas que podem ser aplicadas de imediato são “baratas e fáceis”, como reduzir o desperdício de água, ampliar as áreas verdes nas cidades e proibir assentamentos humanos em zonas de alto risco. (Fonte: UOL)

Brasileiro cria microssensor para estudar sumiço de abelhas no mundo

Um brasileiro que vive na Austrália pode ajudar, com sua pesquisa, a responder uma das questões mais intrigantes do mundo científico atual: por qual motivo as abelhas estão sumindo em várias partes do mundo?
Paulo de Souza, físico de formação, é o pesquisador líder da área de microssensores da Organização de Pesquisa Industrial e Científica da Austrália, conhecida pela sigla Csiro. Baseado na Tasmânia, desde setembro passado ele acompanha um experimento com o intuito de determinar o que tem impactado a vida desses insetos.
Souza foi responsável por desenvolver um sensor, com tamanho de 2,5 por 2,5 milímetros e peso de 5 miligramas, que é colocado nas costas dos insetos. Ele funciona como um “crachá de identificação”, pois transmite dados e registra o que acontece com o inseto.
O objetivo do microaparelho é acompanhar passo a passo os movimentos de 5 mil abelhas, examinando a polinização feita por elas e sua produção de mel. Cada um deles custa cerca de R$ 0,63.
Entre as causas listadas como responsáveis pelo sumiço de abelhas estão o uso excessivo de pesticidas, excesso de parasitas que afetam esses insetos, poluição do ar e da água, além do estresse causado pelo gerenciamento inadequado das colmeias.
Importância – A mortalidade de abelhas ao redor do planeta ameaça ambos os processos. Entre as possíveis causas já listadas estão o uso excessivo de pesticidas, como os neonicotinoides, excesso de parasitas que afetam esses insetos, poluição do ar e da água, além do estresse causado pelo gerenciamento inadequado das colmeias.
Investigar essas e outras hipóteses é importante, porque pode evitar um possível caos ambiental. O declínio, de acordo com o pesquisador, põe em risco a capacidade global de produção de alimentos.
Para se ter ideia, segundo a Organização das Nações Unidas, os serviços de polinização prestados por esses insetos no mundo – seja no ecossistema ou nos sistemas agrícolas – são avaliados em US$ 54 bilhões por ano. Além disso, 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo são polinizadas por alguma espécie de abelha.
Somente na Austrália, local dos testes, cerca de 17% de todo o alimento plantado no país, como as frutas, nascem graças à polinização feita tanto por abelhas domesticadas, quanto por espécies selvagens.
Experimento com pesticidas – Para implantar o sensor nos insetos, os pesquisadores adormecem as abelhas ao colocá-las na geladeira a uma temperatura de 5ºC. Depois, usam uma supercola para fixar o microssensor. De acordo com Souza, o miniequipamento não atrapalha o voo.
Os testes na Tasmânia são feitos com quatro colmeias. Duas vivem no ambiente natural da região, que é considerada uma das menos impactadas pela poluição do ar e da água.
Elas estão a um quilômetro de distância de outras duas colmeias, que recebem constantemente pequenas doses de agrotóxicos neonicotinoides no alimento (que tem origem na molécula de nicotina).
Esses defensivos agrícolas já foram banidos em alguns países por suspeita de intoxicar as abelhas, em um fenômeno chamado de “distúrbio do colapso das colônias”, quando os insetos não retornam às colmeias e morrem após o corpo sofrer um “curto-circuito” possivelmente devido à excessiva exposição a determinados compostos químicos.
De acordo com Souza, os primeiros resultados do teste mostraram que as abelhas com sensores que tiveram contato com os defensivos demoravam mais para voltar à colmeia – ou nem voltavam. “Os neonicotinoides alteraram o comportamento delas”, disse Souza.
A meta do brasileiro, que lidera uma equipe com outros 13 profissionais, é desenvolver um sensor de 1,5 milímetro até o fim deste ano. Em quatro anos, o tamanho atual deve diminuir em 20 vezes, de forma que será implantado na abelha com a ajuda de um spray.
Testes no Brasil – Ainda no segundo semestre deste ano, a investigação atravessa o oceano e troca de continente. As abelhas do Brasil serão o alvo da pesquisa, principalmente as que vivem na Amazônia.
De acordo com Souza, o estudo será feito em parceria com o Instituto Tecnológico Vale, braço da mineradora Vale que é voltado ao desenvolvimento sustentável.
Serão implantados entre 10 mil e 20 mil sensores nos insetos para saber se há algum tipo de impacto negativo que influencie a polinização das abelhas. (Fonte: G1)


Rio Madeira não para de subir e registra novo recorde
O Rio Madeira não para de subir em Porto Velho, e atingiu a marca recorde de 19,42 metros (m) na manhã de domingo (22), segundo aferição da Agência Nacional de Águas (ANA). O recorde histórico havia sido registrado em 1997, quando ficou 17,52m acima do nível normal.
Segundo a Defesa Civil do estado, mais de 12 mil pessoas foram afetadas pelas cheias em Rondônia, principalmente na capital, Porto Velho, e entorno, onde há 1.752 famílias desalojadas e 873 desabrigadas. Outras cidades bastante afetadas são Guajará-Mirim e Nova Mamoré.
O governo federal reconheceu estado de calamidade pública em Porto Velho e a Previdência Social vai antecipar benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a moradores da capital, que tem sofrido prejuízos com a cheia histórica.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) decidiu, por questões de segurança, suspender temporariamente o tráfego na BR-364, que liga o Acre a Rondônia, nos trechos entre os quilômetros 868 e 862 da rodovia, localizados em Rondônia. A interdição ocorre devido ao aumento da lâmina d’água sobre a pista, que já alcança 1,50m.
As obras emergenciais para retomar o tráfego na BR-364 começaram no sábado (21), na região do município de Abunã. A previsão é que o trabalho seja concluído segunda-feira (24) para que o tráfego de caminhões na estrada seja retomado. (Fonte: Agência Brasil)


Forte terremoto sacode Chile e gera tsunami


Um forte terremoto de magnitude 8.2 na escala Richter sacudiu o norte do Chile no começo da noite desta terça-feira (1º). Inicialmente, autoridades informaram que a magnitude do tremor era 8.0, mas revisaram a informação. Esse é o tremor mais poderoso registrado no mundo este ano.
Segundo a Marinha chilena, o terremoto provocou um tsunami com ondas de até dois metros que atingiu algumas áreas no norte do país.
Há alerta para mais ondas gigantes para toda a costa da América Latina no Pacífico. Não há relatos de vítimas ou danos materiais.
O sismo foi registrado às 20h46 (19h46 de Brasília) e teve seu epicentro no mar, a 85 km ao sudoeste de Cuya, próximo à cidade de Iquique, onde já foram registradas ao menos duas ondas com mais de dois metros e o aeroporto foi fechado.
A ordem das autoridades é de evacuação de toda costa chilena. A informação é do CSN (Centro Sismológico Nacional) e também foi confirmada pelo Serviço Geológico dos EUA.
“Um terremoto deste tamanho tem potencial para gerar um tsunami destrutivo e que pode atingir o litoral mais próximo do epicentro em questão de minutos e as costas mais distantes em algumas horas”, informou o Serviço Geológico americano.
Além do Chile, o Peru e o Equador já emitiram alertas de tsunami. Pelo Twitter, o presidente equatoriano Rafael Correa fez um alerta à população: “Todos na costa devem ficar atentos e preparados”, disse Correa no Twitter.
Cidades chilenas estão às escuras – Além de forte, o terremoto foi muito superficial, apenas 10 quilômetros abaixo do solo oceânico, o que teria feito com que fosse sentido com mais força. O sismo foi sentido também no Peru e na Bolívia. Em ambos os países edifícios chegaram a balançar por alguns segundos.
No Chile, sabe-se que várias das cidades estão às escuras, enquanto os analistas esperam “o trem de ondas” que costuma acontecer após um forte tremor como o desta noite com características de terremoto.
Também foram cortadas as transmissões de rádio na área e algumas empresas telefônicas já trabalham para retomar o serviço.
Em 2010, um terremoto de magnitude 8,8 provocou um tsunami que causou grandes danos em várias cidades costeiras no centro-sul do Chile e matou centenas de pessoas. (Fonte: UOL).
Fonte: Ambientebrasil

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