quarta-feira, 24 de março de 2010

Considerações de Bantel Sobre o Artigo de Frans Pareyn

A reflexão sobre o assunto é muito pertinente.
Me permitam acrescentar alguns comentários:
- enquanto a Marina Silva era ministra havia diálogo com o segmento de reflorestamento (empresa, ensino, pesquisa, extensão). Como o Minc é absolutamente urbano e totalmente comprometido com os meios eco-midiáticos radicais, não permite este diálogo, pois entende que fora do meio urbano tudo é natureza a ser preservada. São as celebres distorções dele quanto a sustentabilidade, assim como apoia e participa dos movimentos homossexuais, que de sustentabilidade não tem nada, visto que não se reproduzem entre sí, portanto são fim de cadeia;
- a caatinga gera ainda e continuará a gerar a maior fonte energética do NE, onde o porcentual energético de origem florestal é o maior do Brasil. Como escreve o colega, basta melhorar o manejo atraves de conhecimentos adquiridos pela pesquisa e ensino;
- a deficiência em ensino e pesquisa florestal, portanto igualmente na extensão, no NE ainda é crucial pela falta de cursos de Engenharia Florestal. Felizmente a política da SBEF e associações a ela filiadas já produziu resultados pois a BA, RN, PI e MA já tem novos cursos alem dos já mais antigos da PB, PE e SE. Os unicos estados brasileiros que ainda não tem cursos são o CE e AL;
- a acessibilidade do profissional Engenheiro Florestal no NE ainda é assunto mal resolvido, pois encontramos florestais de origem e formação no NE espalhados pelo Brasil todinho, a grande maioria, mesmo com invejável capacidade intelectual não tiveram oportunidade de exercer sua profissão em seu meio social, familiar, político, ambiental etc. ~Quem não gostaria de exercer sua profissão em seu meio? Foram obrigados a imigrar, resultando em oportunidades perdidas pelas autoridades e sociedade, consequentemente o ambiente em receber contribuições e melhorias em áreas que apresentam deficiência;
- o estudo, pesquisa e estabelecimento de culturas florestais de produção é uma consequencia de profissionais preparados para isto se estabelecerem nos meios acadêmicas, de pesquisa, de desenvolvimento, de produção e de consumo, em paralelo ao mesmo referente a base florestal manejavel existente. Para tanto, como em qualquer outro lugar, precisamos sempre mais e cada vez melhores florestais disponíveis à sociedade e ao meio ambiente. Como atingir o ponto de equilíbrio (que ninguem sabe qual é)? Mais florestais, mais pesquisa e mais ensino para que as comunidades os ecossistemas locais tenham digno acesso a esta ciencia florestal como os Engenheiros Florestais a propalam;
- um produtor rural deve ter direito e acesso a opção de manejar sua caatinga, de plantar floresta de produção e dos dois, pois se trata de um assunto de economia rural, pois a produção de matéria prima deve atender a demanda, com custos compatíveis em raios de consumo viáveis economicamente e logisticamente. Como o Minc não entende disto foram óbvias ass trombadas de frente dele com o Ministro da Agricultura. Enquanto isto estamos esperando por um ministro ( ou diversos) que entendam um pouco de Economia Florestal para o bem da sociedade e do meio ambiente;
- a produção energética deve ter diversas bases, garantindo assim sua perenidade e custo. Assim a produção de florestas e o manejo das nativas faz parte deste "pacote energético". Como quebra ainda teremos outros produtos disponíveis que valorizam a economia rural e FIXAM O HOMEM AO CAMPO! Interessante, o Minc como urbanoide não se apercebeu disto. Como midiático para a galera dele lá no exteriorele é ótimo, como geógrafo e patriota é um zero a esquerda;
- todos nós sabemos que se preserva quando se maneja e traz benefício econômico e ambiental a um patrimônio. É um princípio fundamental da Engenharia Florestal. Para o "geografo dos coletes" isto passa desapercebido por interesses e compromissos que tem no exterior "atrasando de bicuda a bola para o nosso goleiro". Sempre será dificil trazer desenvolvimento harmônico para uma região quando não se respeita as tradições, o conhecimento popular, a ciencia, as oportunidades dos recursos naturais e o interesse de resolver problemas de maneira fácil e voltados para soluções de descontração da densidade urbana;
Por fim, podemos estender esta discussão na rede, pois todos, alunos, profissionais e sociedade sempre podem aprender uma pouco mais com a troc de idéias e conhecimentos.

Att. Bantel - Engenheiro Florestal

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